terça-feira, 23 de julho de 2013

Médicos: Uma Greve que pode vale vidas contra o País

A greve nacional convocada  por entidades da área médica é a expressão do mais puro corporativismo e realça a visão conservadora da maioria dos CRMs e associações profissionais da categoria, os condutores políticos do movimento. Atiram aparentemente nas dificuldades e insuficiências do sistema público de saúde e reivindicam uma carreira de estado para os médicos. Mas, na verdade, o alvo é o Programa Mais Médicos do governo federal.

Trata-se de um movimento que apelou para as armas do preconceito e da desqualificação da proposta governamental, recusando um diálogo propositivo para aperfeiçoar possíveis incorreções do programa. Todos brasileiros, principalmente as camadas mais pobres da população, conhecem as insuficiências de gestão e de infraestrutura do SUS, que, ao mesmo tempo, tem um caráter universalizante e precisa ser defendido e preservado.

No entanto,  na presente situação a questão tomou um caráter de luta política, com demarcação muita clara de campos. A mídia dos poderosos, os velhacos dos CRMs, utilizam o discurso das insuficiências do nosso sistema para sabotar e impedir a implantação de uma efetiva política de estado para a saúde, com foco nos mais pobres e nas regiões mais necessitadas. Esse é o xis da questão. É também uma resistência de natureza classista.

Quando a direita parlamentar, mobilizada pela mídia conservadora, retirou 40 bilhões da saúde vindo do imposto da CPMF, que não penalizava os pobres (era um imposto de corte progressivo), atingia operações financeiras da classe média em diante, as entidades corporativas dos médicos, simplesmente ficaram mudas. O Programa Mais Médicos é um avanço, e o povo vai defender o programa.

A proposta de  residência, com boa remuneração, uma adaptação ás condições do país do serviço social civil obrigatório, método adotado em todo mundo e em países de diferentes sistemas como Inglaterra, Cuba, Israel, Canadá, Argentina, França, Paraguai, é uma medida justa, correta, uma forma de retribuição para a sociedade de quem estudou e se formou numa escola de medicina bancada por todo o povo. O sistema tributário também beneficia os extratos médios e ricos do país, com o abatimento no IR dos gastos com os serviços de saúde.


Ou seja, nesta briga o lado da esquerda é o da justiça social, do direito humano à saúde, da implantação no país de uma medicina de caráter mais  inclusivo, preventivo e universal. O que, seguramente, não é o objetivo desse movimento. Postado por marcos Imperial, via Luiz Müller Blog.

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Marcos Imperial

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