Blog que denunciou
sonegação da Globo aponta agora que presidente do STF manteve em sigilo
absoluto inquérito 2424, derivado do chamado mensalão, que investiga empresa
Tom Brasil por receber R$ 2,5 milhões de Marcos Valério. Os documentos
envolveriam Felipe Barbosa que, antes de ir trabalhar na TV Globo com Luciano
Huck, era assessor de imprensa da casa de shows Vivo Rio. “Quem autorizou este
pagamento foi Cláudio de Castro Vasconcelos, gerente-executivo de Propaganda e
Marketing do Banco do Brasil, desde o governo FHC. Estranhamente não foi
denunciado na AP-470 junto com Henrique Pizzolato”, afirma o site.
Via 247 – O presidente do Supremo Tribunal
Federal provou que não mede esforços para conduzir a carreira do filho Felipe
Barbosa. No início de junho, ele voou com verbas da Corte para o Rio de Janeiro
para assistir a uma partida de futebol no Maracanã como convidado do camarote
do apresentador da Globo Luciano Huck e de sua esposa Angélica. Dias depois foi
revelado que Huck seria o novo patrão de Felipe Barbosa no programa Caldeirão
do Huck.
As gentilezas e troca de favores com a família Huck não pararam por ai.
Barbosa participou da gravação de um vídeo em homenagem ao aniversário do pai
do apresentador, o advogado Hermes Huck. O problema: Hermes advoga junto ao STF
e já teve um caso relatado por Barbosa (Leia aqui).
Mas segundo o blog O Cafezinho, o presidente do STF pode ter ido muito
além para proteger seu filho, inclusive esconder um laudo de um inquérito que
corria na Justiça. Leia a informação do site: Joaquim Barbosa escondeu laudo que
envolvia seu filho.
Enviado
por Miguel do Rosário
Empresa
investigada por receber R$ 2,5 milhões de Marcos Valério contratou filho de
Joaquim Barbosa
por
Helena Sthephanowitz, Na Rede Brasil Atual.
Se
Barbosa é relator da ação que envolve Valério, não deveria ter mais atenção a
este tema?
O grupo
Tom Brasil contratou Felipe Barbosa, filho do presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), Joaquim Barbosa, para assessor de Imprensa na casa de shows Vivo
Rio, em 2010. Até poucos dias atrás, antes de ele ir trabalhar na TV Globo com
Luciano Huck, Felipe ainda era funcionário da Tom Brasil.
Nada
demais, não fosse um forte inconveniente: a Tom Brasil é investigada no
inquérito 2474/STF, derivado do chamado “mensalão”, e o relator é seu pai
Joaquim Barbosa. Este inquérito, aberto para investigar fontes de financiamento
do chamado “mensalão”, identificou pagamento da DNA propaganda, de Marcos
Valério, para a Casa Tom Brasil, com recursos da Visanet, no valor de R$ 2,5
milhões. E quem autorizou este pagamento foi Cláudio de Castro Vasconcelos,
gerente-executivo de Propaganda e Marketing do Banco do Brasil, desde o governo
FHC. Estranhamente não foi denunciado na AP-470 (chamado “mensalão”) junto com
Henrique Pizzolato.
Outra
curiosidade é que um dos sócios do grupo Tom Brasil, Gladston Tedesco, foi
indiciado na Operação Satiagraha, sob a acusação de evasão de divisas como
cotista do Opportunity Fund no exterior, situação vedada a residentes no
Brasil. Ele negou ao jornal Folha de S. Paulo que tenha feito aplicações no
referido fundo.
Tedesco
foi diretor da Eletropaulo quando era estatal em governos tucanos, e respondeu
(ou responde) a processo por improbidade administrativa movida pelo Ministério
Público.
Pode
ser só que o mundo seja pequeno, e tudo não passe de coincidência, ou seja
lobismo de empresários que cortejam o poder, embora o ministro Joaquim Barbosa
deveria ter se atentado para essa coincidência inconveniente, dada a sua
dedicação ao inquérito.
Entretanto,
não custa lembrar que se o ministro, em vez de juiz, fosse um quadro de partido
político, o quanto essa relação poderia lhe causar complicações para provar sua
inocência, caso enfrentasse um juiz como ele, que tratou fatos dúbios como se
fossem certezas absolutas na Ação Penal 470. Também é bom lembrar que o
ministro Joaquim Barbosa já declarou que não tem pressa para julgar o mensalão
tucano, no qual Marcos Valério é acusado de repassar grandes somas em dinheiro
para a campanha eleitoral dos tucanos Eduardo Azeredo e Aécio Neves.
PS O
Cafezinho: Barbosa manteve-se o inquérito 2424 em sigilo absoluto. Neste
inquérito, constavam documentos que podiam inocentar vários réus da Ação Penal
470. Os documentos também envolviam, conforme denúncia da Rede Brasil Atual, o
seu próprio filho, que trabalhou numa empresa investigada por receber R$ 2,5
milhões de Marcos Valério. Tudo muito estranho. Ainda iremos escrever um bocado
sobre isto. Aguardem. Postado por Marcos Imperial.
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