
A vista curta da sociedade e dos nossos governos,
sejam eles municipal ou estadual, faz com que não enxerguemos soluções para a
segurança pública além do policiamento ostensivo e da repressão violenta.
Entretanto, a insegurança e a violência são reflexos do valor da terra urbana,
da segregação social, da má distribuição de renda, da falta de transparência e
discussão sobre planejamento e a falta de uso dos recursos públicos em obras, políticas
públicas e projetos. O trafico e o consumo de drogas são também consequências
dessa falta de estrutura das cidades e dos gestores em garantir aos cidadãos
acesso e oportunidade de emprego e a condições digna de vida, por meio da
garantia dos direitos humanos e do cidadão.
Alternativa a esse modelo opressor de policiamento e
controle da sociedade é atuar na base dos problemas urbanos: garantir educação
e emprego, condições de moradia próximas ao trabalho, lazer e acesso a todos os
espaços, equipamentos e serviços urbanos, além de praticar a gestão
democrática, ouvindo e atendendo aos anseios da sociedade.
Outras soluções passam pelas discussões do Plano
Diretor da cidade, que define a diversidade de usos em um mesmo bairro. Segundo
pesquisa, a presença de estabelecimentos comerciais e empreendimentos
ambulantes podem gerar segurança para uma área de 200 metros de raio, ideal
para bairros residenciais. É claro que precisa haver planejamento urbano
integrado e regras claras para garantir a convivência pacífica com os demais estabelecimentos
como a higiene, salubridade e o pagamento de impostos, mas, não se pode ter uma
visão retrógrada e simplista e proibir tais atividades, principalmente durante
a noite, quando o movimento da cidade praticamente desaparece.
Cabe um destaque as iniciativas de grupos sociais e de
cidadãos de forma isolada, que ao perceberem que as movimentações em espaços
anteriormente escuros, desertos e desintegrados da vida cotidiana das pessoas,
ampliam a segurança habitacional, buscam com reivindicações e com ações
práticas a conservação de praças, quadras poliesportivas, de lazer e requerem
iluminação pública adequada. Isto, além de movimentar a cidade promove
movimento e envolvimento das pessoas.
O bom senso, a criatividade, a tolerância e sensibilidade
são necessários para um planejamento sustentável e seguro de bairros
inteligentes.
Por
Rodolfo Alves | Bel. Comunicação Social (PPG) e Esp. Em Gestão Pública.
Contribuição:
Camila Furukava | Arquiteta Urbanista e Prof. da UFRN. Postado por Marcos Imperial.
Rodolfo Alves | Bel. Comunicação Social (PPG) e Esp. Em Gestão Pública.
Contribuição:
Camila Furukava | Arquiteta Urbanista e Prof. da UFRN. Postado por Marcos Imperial.
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