Economia brasileira cresce 1,5%
no segundo trimestre, aponta IBGE
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil.
Rio de Janeiro – A economia brasileira
cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior.
O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país, totalizou R$ 1,2 trilhão no período de abril a junho,
segundo dados divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
No primeiro trimestre, o PIB havia crescido
0,6% em relação ao trimestre anterior. Pelo lado da produção, o principal
destaque foi a agropecuária, que teve alta de 3,9% no trimestre em relação ao
trimestre anterior. Também registraram crescimento os setores da indústria (2%)
e serviços (0,8%).
Pelo lado da demanda, houve crescimento na
formação bruta de capital fixo – que representa os investimentos, de 3,6%, no
consumo do governo (0,5%) e no consumo das famílias (0,3%). As exportações
tiveram alta de 6,9%, enquanto as importações subiram apenas 0,6% no período.
Na comparação com o segundo trimestre de
2012, o PIB teve crescimento de 3,3%. A economia também cresceu 2,6% no
acumulado do ano e 1,9% no acumulado de 12 meses.
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Relembrando: Guido Mantega reafirma que
inflação está sob controle e critica “terrorismo midiático”
09 Mai 2013 do site do PT na Câmara
A bancada do PT reuniu-se na manhã desta
quinta-feira (9) para ouvir do ministro da Fazenda, Guido Mantega, as
perspectivas da economia brasileira para 2013 e 2014. O ministro apresentou
para os parlamentares um quadro favorável ao Brasil apesar da crise
internacional que se alastra ao longo dos anos. O ministro foi enfático ao
afirmar que a inflação está totalmente sob controle e classificou como
“terrorismo midiático” a abordagem que alguns veículos de comunicação estão
dando ao assunto.
“A inflação do Real foi mais alta”, lembrou
Mantega, reafirmando que nos últimos anos o Brasil sempre cumpriu a meta
estabelecida para a inflação, ao contrário do que acontecia anteriormente.
De fato, Fernando Henrique Cardoso deixou o governo com o índice de Preço
ao Consumidor Amplo (IPCA) na casa dos dois dígitos, com 12,5%.
Pela análise do ministro, o que falta no
mundo é mercado consumidor. “O comércio mundial está travado”, disse. Ele
informou que o comércio mundial vinha crescendo entre 15 e 16% ao ano, mas no
ano de 2012 cresceu apenas 0,6%.
Conforme explicou Mantega, o fato
afeta as economias que dependem das exportações para crescer como, por
exemplo, a China, Alemanha, Japão e países asiáticos. Com isso, a concorrência
internacional fica mais acirrada. O resultado dessa conjuntura leva a um alto
índice de desemprego nos países avançados. Na Europa a taxa média de desemprego
é de 12,1%, mas há países como Espanha e Portugal que enfrentam o desemprego da
ordem de 25 a 27%. “Isso é um contraste com a situação do Brasil”, disse o
ministro, lembrando que o índice de desemprego no país é um dos mais baixos dos
últimos tempos, fechando em março de 2013 em 5,7%.
Mantega explicou que o modelo seguido pela
maioria dos países é o de fazer o chamado ajuste tradicional, ou seja:
recessão, redução de salários e de benefícios. “O Brasil optou por outro
caminho, com estímulo à economia, à manutenção do emprego e investimentos em
infraestrutura”, disse o ministro, destacando que o Brasil gerou nos últimos
dez anos 19,3 milhões de empregos. “Não houve crise para os trabalhadores
brasileiros”, afirmou.
Para o ministro, foi fundamental a política
de redução de juros. “O Brasil era um paraíso financeiro”, ressaltou. Com a
redução de juros o Brasil tirou o foco do capital especulativo redirecionando
os ativos financeiros para a produção. “Não somos contra o lucro, mas o lucro
tem que vir com o suor da camisa”, resumiu. Ainda segundo Mantega, “a economia
brasileira estava viciada em juros altos, agora estamos em um período de
desintoxicação da economia”, comparou.
Para Mantega, essa nova realidade permite
ao governo promover as desonerações necessárias ao mesmo tempo em que os juros
baixam. “No entanto, essa transição demora a fazer efeito”, ponderou.
Mantega rebateu a críticas da oposição ao
PIB brasileiro. “Estamos entre as dez principais economias do mundo”, frisou. O
ministro também destacou a previsão de crescimento de 16% no valor da produção
agrícola, a recuperação da produção industrial, a expansão da indústria
automobilística, o crescimento de 65,3% da confiança no país para investimentos
estrangeiros e o planejamento para investir de R$ 470 bilhões em infraestrutura.
“Com tudo isso”, disse “acredito que o país tem hoje plenas condições para ter
um crescimento sustentável e de longo prazo”, concluiu.
Repercussão – Deputados da bancada do PT
elogiaram o desempenho do ministro Guido Mantega e expressaram a solidariedade
para enfrentar as dificuldades. Para o líder do PT, deputado José Guimarães
(PT-CE), “ministro mostrou a segurança com que conduz a política econômica, os
fundamentos dessa política, o controle da inflação e o otimismo em relação ao
futuro”, disse.
Os parlamentares também expressaram a
necessidade de combater a boataria e a especulação estimulada por alguns
setores da economia e reproduzida fortemente pelos veículos de comunicação.
“Temos que derrotar esse terrorismo econômico que está sendo paulatinamente
levantado para desgastar nosso governo. Temos que responder essa especulação
pessimista que fazem sobre a economia brasileira”, disse o deputado José
Genoíno (PT-SP) . Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), “a questão da
inflação é muito mais balão do que a própria realidade”. O deputado Fernando
Ferro (PT-PE) destacou “que há uma animosidade política no noticiário e é um
problema de comunicação para ser enfrentado”.
Para Jorge Bittar (PT-RJ), “enfrentamos a
pressão e o assédio dos ortodoxos monetaristas que estão a toda hora
vaticinando um futuro desastroso para a economia brasileira e temos que estar
atentos a essas questões”, disse.
O deputado Assis Carvalho (PT-PI) elogiou a
política econômica brasileira e afirmou que “o crescimento da base da pirâmide
social é uma realidade que todos têm que reconhecer”. Paulo Ferreira (PT-RS)
acrescentou que “dentre os países em desenvolvimento, o Brasil é o único que
cresce com distribuição de renda”, citando dados de estudo realizado pela
consultoria Boston Consulting Group (BCG).
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Marcos Imperial