sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Apesar do terrorismo econômico, PIB cresce 1,5% no segundo trimestre

Economia brasileira cresce 1,5% no segundo trimestre, aponta IBGE

Vitor Abdala Repórter da Agência Brasil.

Rio de Janeiro – A economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, totalizou R$ 1,2 trilhão no período de abril a junho, segundo dados divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No primeiro trimestre, o PIB havia crescido 0,6% em relação ao trimestre anterior. Pelo lado da produção, o principal destaque foi a agropecuária, que teve alta de 3,9% no trimestre em relação ao trimestre anterior. Também registraram crescimento os setores da indústria (2%) e serviços (0,8%).

Pelo lado da demanda, houve crescimento na formação bruta de capital fixo – que representa os investimentos, de 3,6%, no consumo do governo (0,5%) e no consumo das famílias (0,3%). As exportações tiveram alta de 6,9%, enquanto as importações subiram apenas 0,6% no período.

Na comparação com o segundo trimestre de 2012, o PIB teve crescimento de 3,3%. A economia também cresceu 2,6% no acumulado do ano e 1,9% no acumulado de 12 meses.
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Relembrando: Guido Mantega reafirma que inflação está sob controle e critica “terrorismo midiático”


A bancada do PT reuniu-se na manhã desta quinta-feira (9) para ouvir do ministro da Fazenda, Guido Mantega, as perspectivas da economia brasileira para 2013 e 2014. O ministro apresentou para os parlamentares um quadro favorável ao Brasil apesar da crise internacional que se alastra ao longo dos anos. O ministro foi enfático ao afirmar que a inflação está totalmente sob controle e classificou como “terrorismo midiático” a abordagem que alguns veículos de comunicação estão dando ao assunto.

“A inflação do Real foi mais alta”, lembrou Mantega, reafirmando que nos últimos anos o Brasil sempre cumpriu a meta estabelecida para a inflação, ao contrário do que acontecia anteriormente.  De fato, Fernando Henrique Cardoso deixou o governo com o índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) na casa dos dois dígitos, com 12,5%.

Pela análise do ministro, o que falta no mundo é mercado consumidor. “O comércio mundial está travado”, disse. Ele informou que o comércio mundial vinha crescendo entre 15 e 16% ao ano, mas no ano de 2012 cresceu apenas 0,6%.

Conforme explicou Mantega, o fato  afeta as economias que dependem das exportações para crescer como, por exemplo, a China, Alemanha, Japão e países asiáticos. Com isso, a concorrência internacional fica mais acirrada. O resultado dessa conjuntura leva a um alto índice de desemprego nos países avançados. Na Europa a taxa média de desemprego é de 12,1%, mas há países como Espanha e Portugal que enfrentam o desemprego da ordem de 25 a 27%. “Isso é um contraste com a situação do Brasil”, disse o ministro, lembrando que o índice de desemprego no país é um dos mais baixos dos últimos tempos, fechando em março de 2013 em 5,7%.

Mantega explicou que o modelo seguido pela maioria dos países é o de fazer o chamado ajuste tradicional, ou seja: recessão, redução de salários e de benefícios. “O Brasil optou por outro caminho, com estímulo à economia, à manutenção do emprego e investimentos em infraestrutura”, disse o ministro, destacando que o Brasil gerou nos últimos dez anos 19,3 milhões de empregos. “Não houve crise para os trabalhadores brasileiros”, afirmou.

Para o ministro, foi fundamental a política de redução de juros. “O Brasil era um paraíso financeiro”, ressaltou. Com a redução de juros o Brasil tirou o foco do capital especulativo redirecionando os ativos financeiros para a produção. “Não somos contra o lucro, mas o lucro tem que vir com o suor da camisa”, resumiu. Ainda segundo Mantega, “a economia brasileira estava viciada em juros altos, agora estamos em um período de desintoxicação da economia”, comparou.

Para Mantega, essa nova realidade permite ao governo promover as desonerações necessárias ao mesmo tempo em que os juros baixam. “No entanto, essa transição demora a fazer efeito”, ponderou.

Mantega rebateu a críticas da oposição ao PIB brasileiro. “Estamos entre as dez principais economias do mundo”, frisou. O ministro também destacou a previsão de crescimento de 16% no valor da produção agrícola, a recuperação da produção industrial, a expansão da indústria automobilística, o crescimento de 65,3% da confiança no país para investimentos estrangeiros e o planejamento para investir de R$ 470 bilhões em infraestrutura. “Com tudo isso”, disse “acredito que o país tem hoje plenas condições para ter um crescimento sustentável e de longo prazo”, concluiu.

Repercussão – Deputados da bancada do PT elogiaram o desempenho  do ministro Guido Mantega e expressaram a solidariedade para enfrentar as dificuldades. Para o líder do PT, deputado José Guimarães (PT-CE), “ministro mostrou a segurança com que conduz a política econômica, os fundamentos dessa política, o controle da inflação e o otimismo em relação ao futuro”, disse.

Os parlamentares também expressaram a necessidade de combater a boataria e a especulação estimulada por alguns setores da economia e reproduzida fortemente pelos veículos de comunicação. “Temos que derrotar esse terrorismo econômico que está sendo paulatinamente levantado para desgastar nosso governo. Temos que responder essa especulação pessimista que fazem sobre a economia brasileira”, disse o deputado José Genoíno (PT-SP) . Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), “a questão da inflação é muito mais balão do que a própria realidade”. O deputado Fernando Ferro (PT-PE) destacou “que há uma animosidade política no noticiário e é um problema de comunicação para ser enfrentado”.

Para Jorge Bittar (PT-RJ), “enfrentamos a pressão e o assédio dos ortodoxos monetaristas que estão a toda hora vaticinando um futuro desastroso para a economia brasileira e temos que estar atentos a essas questões”, disse.

O deputado Assis Carvalho (PT-PI) elogiou a política econômica brasileira e afirmou que “o crescimento da base da pirâmide social é uma realidade que todos têm que reconhecer”. Paulo Ferreira (PT-RS) acrescentou que “dentre os países em desenvolvimento, o Brasil é o único que cresce com distribuição de renda”, citando dados de estudo realizado pela consultoria Boston Consulting Group (BCG).

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Marcos Imperial

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