Desde o início do Brasil sem Miséria, há dois anos,
22 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza no país, disse a ministra do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, ao abrir hoje (16)
seminário sobre o programa. A ministra lembrou que 910 mil famílias foram
incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal
(CadÚnico) e no Bolsa Família nos últimos dois anos e meio.
A meta para o ano que vem é incluir mais 600 mil
famílias, informou Tereza, em balanço sobre o programa, durante o 2º Seminário
Nacional sobre Pactuação Federativa no Brasil sem Miséria.
Entre os dados apresentados no encontro, a ministra
destacou que 13,8 milhões de famílias recebem o Bolsa Família, cujo orçamento
alcança quase R$ 24 bilhões – o equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto
(PIB) do país. “Os dados mostram que o Bolsa Família não só beneficia a
população pobre, mas também a beneficia a economia do Brasil. ” Segundo ela, o
programa tem sido a forma de a população pobre ter acesso à renda e a outros
benefícios.
Tereza Campello também ressaltou que, pelo Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec-Brasil sem Miséria),
foram feitas 700 mil matrículas em 503 tipos de cursos. No programa
Microempreendedor Individual, dos quase 3 milhões de beneficiários, 642 mil
estão inscritos no CadÚnico. No programa Água Para Todos, criado em 2011 para
universalizar o acesso à água no Semiárido, foram construídas 370,7 mil
cisternas, e meta é contemplar 750 mil famílias até o ano que vem. “A população
pobre trabalha e quer se engajar no Brasil que trabalha e que cresce”, afirmou.
O ministro de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri,
mostrou que, para cada real investido no Bolsa Família, há retorno de R$ 1,78
para a economia. “A cada real gasto no Bolsa Família, o PIB cresce R$ 1,78 e o
consumo, R$ 2,4. O Bolsa Família tem efeitos multiplicadores maiores que outros
programas sociais. O programa ajudou na crise, porque faz girar a economia”,
disse Neri.
Segundo ele, o programa teve impacto de 13% na
redução da desigualdade social. “O Brasil reduziu a pobreza em 57,8% em oito
anos, sendo que 52% desse total devem-se à redução da desigualdade e 48% ao
crescimento da economia.”
No Distrito Federal (DF), há mais de 241 mil
famílias inscritas no CadÚnico e 91 mil recebem o Bolsa Família. Dessas, 34 mil
têm um complemento na renda de R$ 70 e recebem, no total, R$ 140. A
expectativa, segundo o governador do DF, Agnelo Queiroz, é reduzir a “maior
desigualdade do país”. Via Agencia Brasil
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Marcos Imperial