As manifestações convocadas
pela oposição e por grupos de extrema direita para o 7 de Setembro na capital
federal, com amplo apoio da imprensa, fracassaram ao não conseguir reunir um
público nem dez vezes menor do que o esperado. E o forte aparato policial
reprimiu os cerca de dois mil manifestantes que foram à Esplanada dos
Ministérios. Fora dali, duas ações isoladas conseguiram passar seu recado: o
protesto dos jovens socialistas contra a guerra à Síria, e a manifestação de
grupos ‘black blocs’ contra a TV Globo. Por Najla Passos, de Brasília. Najla Passos da Carta Maior.
Brasília – As manifestações convocadas
pela oposição e por grupos de extrema direita para o 7 de Setembro na capital
federal, com amplo apoio da imprensa, fracassaram ao não conseguir reunir um
público nem dez vezes menor do que o esperado pelos organizadores e alardeado
pela mídia. O desfile cívico, que historicamente reúne cerca de 30 mil
expectadores, não contou com mais de 5 mil, conforme cálculos da Polícia
Militar. Os manifestantes foram cerca de 2 mil, contra os 50 mil anunciados.
Até
mesmo o tradicional Grito dos Excluídos, que convive há quase duas décadas com
os desfiles cívicos, ficou prejudicado pela pulverização dos novos atores na
Esplanada dos Ministérios. Parte se concentrou pela manhã, na Catedral, com o
objetivo de acessar a área do desfile. Outra parte se reuniu na rodoviária, à
tarde, com o propósito de chegar ao estádio Mané Garrincha, onde as seleções de
Brasil e Austrália realizavam um amistoso. Mas a forte repressão policial impediu
a ambos de se deslocarem para essas áreas.
Mesmo
em número muito superior, os 6 mil policiais destacados para conter as
manifestações não economizaram em bombas de efeito moral, gás de pimenta, gás
lacrimogênio e balas de borracha para impedir o acesso dos manifestantes ao
estádio e, depois, ao congresso, os dois principal alvos dos protestos, que
pediam, principalmente, o fim da corrupção e auditoria nos gastos da copa. No
final da tarde, a Polícia registrou um saldo de 39 presos, principalmente por desacato
à autoridade, todos eles liberados em seguida.
Segundo
a Polícia, apenas um uma pessoa ficou ferida, o fotógrafo da agência Reuters
que tropeçou durante a cobertura e torceu o tornozelo. Jornalistas de diversos
veículos de comunicação, porém, denunciaram o abuso policial na utilização das
chamadas “armas não letais”: foram vários episódios de profissionais
intoxicados com gás. As imagens de confronto também deixam claro que o número
deve ser bem maior.
As
duas ações pontuais que conseguiram acessar os alvos a que se propunham foram
realizadas fora da Esplanada dos Ministérios. Em frente à embaixada dos Estados
Unidos, a União da Juventude Socialista promoveu um protesto contra a guerra à
Síria e contra a espionagem norte-americana. Na Asa Norte, grupos black
blocs protestaram contra a TV Globo, arremessando pedras e tinta preta
contra a sede da emissora. As pedras também foram direcionadas a três
concessionárias de automóveis e dois shoppings da região.
Ausências
ilustres
Além
do público tradicional e dos manifestantes esperados, também não apareceram aos
desfiles os presidentes da Câmara, Henrique Alves, e do Congresso, Renan
Calheiros. A presidenta Dilma Rousseff circulou em carro aberto, sem o registro
de nenhuma intercorrência, nem mesmo vaias. Assistiu a parada ao lado do
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, na arquibancada
que impressionava pela ausência de público. Postado por Marcos Imperial, via Fotos: EBC
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Marcos Imperial