Neste domingo 20, completa exatos dez anos o maior programa social do
Brasil; odiado por muitos, que o consideram assistencialista, pernicioso e,
sobretudo, eleitoreiro, mas pedra de toque dos governos do ex-presidente Lula e
da presidente Dilma Rousseff, o certo é que o Bolsa Família está se tornando
cada vez mais imitado em todo mundo; depois de ser implantado em Nova York, com
a colaboração de técnicos brasileiros, chega à Suíça nas próximas semanas, com
votação marcada no congresso do país europeu famoso pela riqueza; aqui,
benefícios pagos a 13,8 milhões de famílias variam de R$ 32 a R$ 306 por
pessoa; lá, em versão 2.0, transferências serão de até R$ 6 mil; repita-se: R$
6 mil!; neste 2013, investimento total do governo brasileiro é de R$ 24
bilhões; ou você acha que é gasto?
Via 247 – O principal programa social do
governo, iniciado durante a gestão do ex-presidente Lula e pedra de toque da
administração Dilma Rousseff, completa 10 anos neste domingo 20 - e se
globaliza. Atacado por muitos no Brasil, ele é considerado, pela ONU e ONGs internacionais
um dos principais programas de combate à pobreza do mundo, tendo sido nomeado
como "um esquema anti-pobreza originado na América Latina que está
ganhando adeptos mundo afora" pela revista The Economist. Governos de todo
mundo estão de olho", registra o Wikipédia. Para o jornal francês Le
Monde, "o bolsa família amplia, sobretudo, o acesso à educação, a qual
representa a melhor arma, no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, contra a
pobreza".
Nas próximas semanas, informa o governo da Suíça, o
modelo Bolsa Família será implantado em uma pequena região do pais. Mas numa
versão 2.0, com benefícios equivalentes a R$ 6 mil (abaixo). Nos Estados
Unidos, Nova York foi a primeira cidade a adotar o programa, hoje atingindo
cerca de 3 mil famílias, com ajuda de técnicos brasileiros.
Para a pesquisadora italiana Francesca Bastagli, da
London School of Economics, o programa foi "desenhado" de forma a
permitir a emancipação dos beneficiados. "O bolsa família tem uma
estrutura que vai em direção contrária ao assistencialismo", acrescenta
Francesca, que estuda ações de diversos países direcionadas à transferência de
renda para os pobres.
No Brasil, pode-se amá-lo ou odiá-lo. Nos 10 anos
de implantação do programa, sobrou pouco espaço para o meio termo da oposição.
Denúncias sobre irregularidades pontuais aparecem com frequência na mídia, mas
uma coisa se reconhece: ele mudou a face do Brasil, ao atingir milhões de
famílias.
"O Bolsa Família acomoda a população
pobre", analisou certa vez a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil). Para a entidade, o programa seria "só uma ajuda pessoal e
familiar. É verdade que 11 milhões de famílias recebem no Nordeste e no Norte,
mas isso levou a uma acomodação, a um empanzinamento".
ESTUDO INÉDITO - Mas para o governo, é mesmo a sua
menina dos olhos. Em estudo inédito divulgado na terça-feira 15 em comemoração
ao aniversário de uma década do programa, o Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômico Aplicada) revelou que a iniciativa implantada no governo Lula reduziu
a extrema pobreza em 28% nos últimos dez anos, superando em 70% o patamar
estabelecido pela meta do milênio da ONU.
Atualmente, o Bolsa Família atende a cerca de 13,8
milhões de famílias – quase 80 milhões de pessoas. Para a ministra Tereza
Campello, o programa traz melhorias, principalmente, na redução da pobreza e na
redução da desigualdade. "Nós temos dados, estatísticas robustas que comprovam
os benefícios que o Bolsa Família trouxe para as famílias ao aliviar a pobreza,
ao levar crianças para salas de aula, ao melhorar o desempenho escolar e a
reduzir a mortalidade infantil", afirmou a ministra.
Segundo Marcelo Neri, presidente do Ipea, a cada 2%
gasto com o Bolsa Família, 12,5% são transformados em benefício para a
população, ou seja, o programa ajuda não só a reduzir a pobreza, mas também a
estimular a economia a partir do consumo da população mais pobre. "O Bolsa
Família tem um efeito multiplicador na economia, cada real que você gasta no
Bolsa Família, ele faz a economia girar R$ 2,40. Ele tem um impacto sobre a
pobreza, com impacto direto de 36%, ou seja, a pobreza cai de 4,9% para 3,6%
com o Bolsa Família sem levar em conta os efeitos multiplicadores",
afirmou.
Os dados do impacto do programa também apontam que
a renda dos mais pobres cresceu em torno de quatro vezes mais rápido do que a
renda dos mais ricos. O investimento pelo governo federal no Bolsa Família em
2013 é de R$ 24 bilhões, o que representa 0,46% do Produto Interno Bruto (PIB).
"Ele (o Bolsa Família) gasta apenas 0,5% do PIB, então ele consegue fazer
muito na pobreza e na desigualdade. Ele consegue fazer muito, gastando
relativamente pouco", disse Neri.
Com informações do Ipea e do Blog do Planalto. Abaixo, notícia do portal Infomoney, parceiro_247. Suíça votará projeto de Bolsa Família
no valor de quase R$ 6.000 por pessoa
InfoMoney
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Marcos Imperial