Em discurso em Vitória da Conquista (BA), onde inaugurou 1.740 moradias
do programa Minha Casa Minha Vida, nesta terça 15, presidente afirma que tem
muita gente que é contra a iniciativa de contratar médicos estrangeiros para
trabalhar em regiões onde há déficit de profissionais; mas em seguida corrige:
"Muita gente não, é pouca gente. Até porque as pesquisas apontam que
a população aprova o Mais Médicos"; segundo ela, "quando tivermos
melhor atendimento na saúde, seremos uma nação desenvolvida"; contra
o programa, entidades médicas prometem influenciar pacientes para que Dilma
Rousseff não seja reeleita.
Bahia 247 – Numa resposta às críticas contra
o programa Mais Médicos, a presidente Dilma Rousseff lembrou, em discurso na
Bahia, que "a população aprova" a iniciativa do governo federal, que
determina a contratação de profissionais brasileiros e estrangeiros para atender
em regiões onde há falta de médicos. Dilma esteve em Vitória da Conquista, onde
inaugurou 1.740 moradias do programa Minha Casa Minha Vida, ao lado do
governador Jaques Wagner e do presidente da Caixa, Jorge Hereda.
Segundo Dilma, muita gente tem criticado a
contratação de médicos estrangeiros. Em seguida, a presidente retificou:
"Muita gente não, é pouca gente. Até porque as pesquisas apontam que a
população aprova o Mais Médicos". De acordo com Datafolha divulgado em
agosto, 54% dos entrevistados são favoráveis ao programa. A mesma pesquisa,
feita em junho, havia registrado índice de aprovação de 47%. Ao mesmo tempo, a
rejeição à iniciativa diminuiu, de 48% em junho para 40% em agosto.
A presidente afirmou que "quando tivermos
melhor atendimento médico, seremos uma nação desenvolvida". Segundo ela, o
crescimento econômico também é importante, mas não adianta ser apenas isso.
"É óbvio que queremos que o PIB cresça, mas no passado o PIB crescia e a
renda se concentrava nas mãos de poucos", disse. Dilma declarou ainda que
o Mais Médicos é resultado de "uma das maiores reivindicações, de
prefeitos, de todo mundo, em todos os lugares, em todos os municípios, que é o
melhor atendimento na saúde".
Contra o programa, as entidades médicas
têm prometido uma ofensiva para que Dilma Rousseff não seja reeleita em 2014. A
plano dos médicos é influenciar pacientes e suas famílias para que não votem na
atual presidente na próxima eleição. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha,
lamentou a "arrogância" do que chama de "grupos isolados".
Leia abaixo reportagem do 247 sobre o assunto publicada nesta manhã:
Classe médica
promete ofensiva contra Dilma
Rompidas com o
governo, entidades médicas prometem campanha contra a reeleição da presidente
em 2014, como resposta às novas medidas para a área da Saúde e principalmente
pela criação do programa Mais Médicos; discurso é feito às claras; segundo o
presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso, os médicos
marcarão posição antigoverno aos pacientes; "Não é o candidato A ou B, o
sentimento é escolher um candidato que, certamente, não será a presidente
Dilma"; no cálculo do presidente da Federação Nacional dos Médicos,
Geraldo Ferreira Filho, a classe consegue decidir 40 milhões de votos; ministro
da Saúde, Alexandre Padilha "lamenta a truculência e a arrogância de
grupos isolados"
247 - Revoltados com as novas medidas anunciadas
pelo governo federal na área da Saúde, os médicos prometem uma ofensiva contra
a reeleição da presidente Dilma Rousseff na eleição de 2014. Rompidas com o
governo, as entidades de classe estão insatisfeitas principalmente com a
aprovação, na Câmara dos Deputados, da medida provisória que cria o programa
Mais Médicos. O texto retira dos Conselhos Regionais de Medicina, ainda, o
papel de conceder o registro profissional para os médicos que trabalham no
Brasil.
Essas associações também defenderam os protestos
ocorridos em diversos locais do País contra a contratação de médicos
estrangeiros para trabalhar em regiões longínquas, onde há falta de
profissionais. Agora, a ofensiva será focada na influência que os médicos têm
sobre os pacientes, especialmente em locais menos favorecidos. A intenção é,
num discurso indireto, fazer com que a população que frequenta os hospitais ou
postos de saúde desses médicos não votem na presidente Dilma Rousseff no ano
que vem.
O discurso é feito às claras. "Um número muito
grande de médicos que nunca se envolveu em eleições está determinado a se
envolver, mas influenciando, não se candidatando. É muito comum os pacientes
perguntarem para a gente, em período eleitoral, em quem vamos votar, principalmente
nas regiões menos favorecidas. Há um movimento grande da classe médica para
participar da política dessa forma. Não é o candidato A ou B, o sentimento é
escolher um candidato que, certamente, não será a presidente Dilma", diz o
presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Floriano Cardoso, segundo
reportagem do jornal O Globo.
No cálculo do presidente da Federação Nacional dos
Médicos, Geraldo Ferreira Filho, se mobilizada, a classe médica consegue
decidir 40 milhões de votos em 2014, com base no fato de que cada profissional
influencia cerca de cem pessoas – pacientes e seus familiares. Em sua
avaliação, hoje, 90% dos médicos são oposição ao governo. "A classe médica
sente que está sendo tratada de forma errada pelo governo, com reivindicações
desconsideradas", diz. Em São Paulo, onde o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, será candidato ao governo, haverá campanha massiva diretamente contra
ele.
Padilha lamenta arrogância
Em resposta sobre as ações do que considera ser
"grupos isolados" da classe médica, o ministro da Saúde escreveu um
email pelo qual lamenta a "truculência e a arrogância" dos
profissionais "que se posicionam contra o programa". O petista
lamenta ainda a "atitude do presidente de uma entidade médica de fazer
esse movimento após o debate do Mais Médicos, que foi pedido por prefeitos de
todos os partidos, inclusive do PSDB". Padilha finaliza escrevendo:
"Sou médico, tenho orgulho da minha profissão, mas estou ministro da Saúde
e tenho de agir com foco nas necessidades da população brasileira".
Em entrevista ao jornal Brasil Econômico nesta
segunda-feira 14, Alexandre Padilha declarou que torce para que o programa não
seja usado como tema eleitoral. "Foi um esforço de todos os prefeitos, de
todos os partidos. Ele só se transforma em um tema eleitoral se a oposição
cometer o erro de atacar esse programa. Será um erro duplo porque vai atacar um
programa que é uma necessidade para o país e que foi solicitado por prefeitos
também da oposição", afirma.
Aprovação
A ofensiva por parte dos médicos, no entanto, é
contra uma população que aprova a iniciativa do governo de contratar mais
profissionais, brasileiros e de outros países. De acordo com uma pesquisa
Datafolha divulgada em 12 de agosto, 54% dos entrevistados são favoráveis ao
Mais Médicos. A mesma pesquisa, realizada em junho, havia registrado índice de
aprovação de 47%. Ao mesmo tempo, a rejeição ao programa diminuiu, de 48% em
junho para 40% em agosto. A maioria das pessoas que aprova a contratação de
mais médicos em regiões onde há falta de profissionais é do Nordeste, um dos
locais onde há mais déficit.
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Marcos Imperial