Genebra (AE) - Levou meio século e o experimento mais caro da história da ciência. Mas ontem, o Prêmio Nobel de Física reconheceu os estudos que teorizaram sobre a existência do bóson de Higgs, partícula responsável por conferir massa a tudo o que existe no mundo. Vulgarmente conhecida como “partícula de Deus”, ainda que no mundo científico o apelido chegue a ser um insulto, a descoberta rendeu a láurea ao belga François Englert e ao britânico Peter Higgs.
O prêmio era um dos mais esperados e há anos já se falava que os dois pesquisadores poderiam ser nomeados. Até o Nobel brincou com essa expectativa ao mencionar em seu comunicado que “finalmente” o prêmio ia aos formuladores da teoria que ajuda a explicar o chamado Modelo Padrão, um conjunto de equações elementares da Física que descreve como o mundo é construído, de um ser humano a uma flor.
Ambos vão dividir pouco mais de 900 mil euros. Mas, para muitos cientistas, entram para a história com uma teoria com o mesmo peso do descobrimento do DNA ou da Lei da Gravidade de Isaac Newton. “(O prêmio) é sobre algo pequeno, mas que faz toda a diferença”, disse Staffan Normark, secretário da Real Academia Sueca de Ciências.
A partícula foi descrita teoricamente pelos dois pesquisadores de modo independente em 1964 e já nos anos 1990 era considerada a melhor explicação sobre por que todas as coisas têm massas. O problema é que até o ano passado ela não havia sido detectada experimentalmente.
O reconhecimento veio em julho de 2012, quando experimentos no LHC, o maior acelerador de partículas do mundo, ligado ao Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), comprovou a existência da partícula. A instituição precisou de duas décadas, mais de US$ 8 bilhões e quase 10 mil cientistas para confirmar que a dupla de físicos estava certa, há 50 anos.
O papel do Cern, em especial dos experimentos realizados nos detectores Atlas e CMS do LHC, na confirmação da teoria foi lembrado pelo Nobel na justificativa do prêmio. A instituição, porém, não foi agraciada. A Academia manteve sua tradição de não conceder o título a entidades, somente a pessoas.
Enquanto o mundo inteiro aguardava pela premiação de ontem, Higgs escolheu se esconder. Os organizadores do prêmio tiveram sérios problemas para informar ao britânico que ele havia sido o vencedor. Aos 84 anos, ele não usa celular, não tem e-mail e só atende ao telefone quando sabe quem está ligando. Tudo o que não queria era ser invadido pela imprensa. “Ele está escondido”, confirmou Rolf Heuer, diretor do Cern. Higgs se pronunciou só por nota divulgada pela Universidade de Edimburgo, a qual é ligado.
Foi durante a apresentação dos resultados do Cern, no ano passado, que o cientista teve noção do tamanho que o seu nome tinha atingido. Higgs era ovacionado pelos cientistas que passaram a noite na fila para conseguir um lugar no auditório onde a descoberta seria anunciada. A sala vibrava como uma arquibancada numa final de campeonato, com aplausos, gritos e abraços. Higgs não disfarçava sua timidez, insistindo a jornalistas que eram os cientistas do Cern que eram as estrelas. Ao final, diante de todos de pé o aplaudindo, o cientista chorou.
Ambos vão dividir pouco mais de 900 mil euros. Mas, para muitos cientistas, entram para a história com uma teoria com o mesmo peso do descobrimento do DNA ou da Lei da Gravidade de Isaac Newton. “(O prêmio) é sobre algo pequeno, mas que faz toda a diferença”, disse Staffan Normark, secretário da Real Academia Sueca de Ciências.
A partícula foi descrita teoricamente pelos dois pesquisadores de modo independente em 1964 e já nos anos 1990 era considerada a melhor explicação sobre por que todas as coisas têm massas. O problema é que até o ano passado ela não havia sido detectada experimentalmente.
O reconhecimento veio em julho de 2012, quando experimentos no LHC, o maior acelerador de partículas do mundo, ligado ao Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), comprovou a existência da partícula. A instituição precisou de duas décadas, mais de US$ 8 bilhões e quase 10 mil cientistas para confirmar que a dupla de físicos estava certa, há 50 anos.
O papel do Cern, em especial dos experimentos realizados nos detectores Atlas e CMS do LHC, na confirmação da teoria foi lembrado pelo Nobel na justificativa do prêmio. A instituição, porém, não foi agraciada. A Academia manteve sua tradição de não conceder o título a entidades, somente a pessoas.
Enquanto o mundo inteiro aguardava pela premiação de ontem, Higgs escolheu se esconder. Os organizadores do prêmio tiveram sérios problemas para informar ao britânico que ele havia sido o vencedor. Aos 84 anos, ele não usa celular, não tem e-mail e só atende ao telefone quando sabe quem está ligando. Tudo o que não queria era ser invadido pela imprensa. “Ele está escondido”, confirmou Rolf Heuer, diretor do Cern. Higgs se pronunciou só por nota divulgada pela Universidade de Edimburgo, a qual é ligado.
Foi durante a apresentação dos resultados do Cern, no ano passado, que o cientista teve noção do tamanho que o seu nome tinha atingido. Higgs era ovacionado pelos cientistas que passaram a noite na fila para conseguir um lugar no auditório onde a descoberta seria anunciada. A sala vibrava como uma arquibancada numa final de campeonato, com aplausos, gritos e abraços. Higgs não disfarçava sua timidez, insistindo a jornalistas que eram os cientistas do Cern que eram as estrelas. Ao final, diante de todos de pé o aplaudindo, o cientista chorou.
Ao ser questionado naquele momento se achava que finalmente ganharia o Nobel, apenas respondeu. “Eu não tenho nenhuma ideia” Também contou que não passou os últimos 50 anos sonhando. “Tinha mais o que fazer na vida.” Nesta terça, meio século depois de ter escrito a teoria à lápis num papel avulso, foi finalmente reconhecido como um dos pilares da história da ciência.
Via TN Online.
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Marcos Imperial