O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na manhã
desta quarta-feira (30), junto com a presidenta Dilma Rousseff e a ministra do
Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Tereza Campello, do Ato em
Comemoração aos 10 anos do Programa Bolsa Família. O encontro foi realizado no
Museu Nacional, em Brasília.
Lula começou seu discurso relembrando
manchetes de jornais e comentários que criticavam o programa Bolsa Família como
programa que geraria mendigos, criaria vagabundos ou seria uma ilusão, uma
tragédia social. Ele afirmou que os dados apresentados pela ministra Tereza
Campello mostram que estas suposições eram falsas e, muitas vezes, fruto de
preconceito. “É mais difícil vencer o preconceito do que vencer a fome (…) Há
quem não se conforme de ver os pobres tornarem-se cidadãos mais conscientes de
seus direitos”.
Para baixar fotos em alta
resolução, visite o Picasa do Instituto Lula.
O ex-presidente ressaltou ainda que muito
foi feito, mas que os séculos de desigualdade no país não podem ser vencidos
rapidamente. “Este é um programa que acaba de completar 10 anos, num país onde
a injustiça vem de cinco séculos”. Para Lula, a relação entre o Bolsa Família e
o crescimento econômico do Brasil é fundamental. “A microeconomia é um dos
motivos de sermos reconhecidos no mundo pela nossa macroeconomia”, ressaltou.
E terminou: “Foi para isso que fomos
eleitos, querida presidenta Dilma. Para mostrar que um outro Brasil é
possível”.
Dilma ressaltou que “o Brasil tornou-se
mais Brasil depois do Bolsa Família” e afirmou ser Lula o “autor e inspirador
de tudo isso”. Para a presidenta, o grande mérito do programa é abrir uma porta
de oportunidades para milhares de brasileiros. “O Bolsa Família nunca veio para
ser uma porta de saída da miséria uma porta de entrada num mundo de
oportunidade e esperança”.
Ela também afirmou que as críticas ao
programa não farão com que ele seja diminuído e ressaltou: “Ninguém que
governou de costas para os pobres pode criticam o que fizemos no combate à
pobreza”.
Resultados individuais, na vida de cada
pessoa, e também coletivos, que refletem em todo o país, são as óticas
complementares pelas quais se pode olhar os efeitos do programa. E a presidenta
ressalta. “Sob qualquer ótica que se analise os resultados alcançados nesta
década, eles são extraordinários”.
“Basta de achismo, vamos aos dados”
“O Bolsa Família não existiria se não houve
a decisão política de destinar recursos aos mais pobres”, começou a ministra do
desenvolvimento social e combate à pobreza, Tereza Campello. Ela ressaltou que
os recursos destinados ao programa representam 0,46% do Produto Interno Bruto
do país, mas os efeitos são imensos.
A ministra afirmou que, depois de uma
década de existência, não é mais necessário se basear em achismos e suposições,
pois há dados, estatísticas e prêmios concretos que mostram os resultados do
programa. Campello apresentou dados dos três objetivos principais do Bolsa
Família: a diminuição da pobreza e as melhorias na educação e na saúde para seus
beneficiários.
“99,1% das crianças do programa são
vacinadas”, afirmou a ministra, que também do importante impacto do Bolsa
Família na diminuição da desnutrição. Na educação, os dados mostram que a taxa
de abandono escolar dos beneficiários é menor que a média geral em todas as
etapas do ensino básico. O programa Bolsa Família teve impacto imediato na
diminuição da extrema pobreza no Brasil e com a criação do Brasil sem Miséria,
em 2011, essa redução chegou a 89%.
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Marcos Imperial