Chegou a hora de renovar as esperanças.
Uns vão para a beira do mar jogar oferendas a Yemanjá, a deusa do mar, outros
comem alimentos especiais que trazem riquezas, outros rogam saúde, outros pedem
as riquezas do mundo, outros querem ser o rei do próprio mundo e por aí vai.
A grande
maioria esquece de agradecer pelas dádivas recebidas no ano que passou e em
continuar vivo, para emplacar novo ano. Tudo que passou sejam gozos ou
sofrimentos serviram para o aprimoramento da Alma. Isso é o que mais importa.
Nossa passagem por este planeta é transitória e dura um piscar de olhos lá da
eternidade. Em vez de ficar pedindo coisas materiais, devemos nos preocupar com
as coisas espirituais e rogar a Deus para nos conseguir mais um bom tempo no
corpo físico, para podermos plantar boas sementes, visando a colheita
futura.
A vida não
acaba, o Espírito sobrevive a tudo. O que fica aqui na Terra é a vestimenta
imprestável, que volta a ser pó da terra. Por isso, maior deve ser a nossa
preocupação com o futuro espiritual. Tudo que é material fica por aqui. Ao
abandonarmos o corpo físico levamos somente o bem ou mal que fizemos e os
conhecimentos intelectuais. Esses servirão em nova jornada na carne. Os
conhecimentos adquiridos e arquivados no perispírito servirão de ponto de apoio
à nova caminhada terrestre.
Kardec nos ensinou:
"Quanto a origem do sentimento
instintivo da vida futura, existente no homem, já temos dito: antes_de_encarnar,
o Espírito conhecia todas essas coisas e a alma conserva vaga lembrança do que
sabe e do que viu no estado espiritual.
Em todos os tempos, o homem se preocupou com o seu futuro para lá do
túmulo e isso é muito natural. Qualquer que seja a importância que
ligue à vida_presente,
não pode ele furtar-se a considerar quanto essa vida é curta e, sobretudo,
precária, pois que a cada instante está sujeita a interromper-se, nenhuma
certeza lhe sendo permitida acerca do dia seguinte. Que será dele, após o
instante fatal? Questão grave esta, porquanto não se trata de alguns anos
apenas, mas da eternidade.
Aquele que tem de passar longo tempo, em país estrangeiro, se preocupa com a
situação em que lá se achará. Como, então, não nos havia de preocupar a
em que nos veremos, deixando este mundo, uma vez que é para sempre?
A ideia do nada tem qualquer coisa que repugna à razão. O homem que mais
despreocupado seja durante a vida, em chegando o momento supremo, pergunta a si
mesmo o que vai ser dele e, sem o querer, espera. Crer em Deus, sem admitir a
vida futura, fora um contra-senso. O sentimento de uma existência melhor reside
no foro íntimo de todos os homens e não é possível que Deus aí o tenha colocado
em vão.
A vida futura implica a conservação da
nossa individualidade, após a morte. Com efeito, que nos importaria sobreviver
ao corpo, se a nossa essência moral houvesse de perder-se_no_oceano_do infinito?
As conseqüências, para nós, seriam as mesmas que se tivéssemos de nos sumir no
nada".
Fontes:
Livro: "O Livro dos
Espíritos", de Allan Kardec, questão 959;
Romeu Leonilo Wagner, Belém, Pará.
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Marcos Imperial