terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Amig@s, Ano Novo, e Esperanças Renovadas

Chegou a hora de renovar as esperanças. Uns vão para a beira do mar jogar oferendas a Yemanjá, a deusa do mar, outros comem alimentos especiais que trazem riquezas, outros rogam saúde, outros pedem as riquezas do mundo, outros querem ser o rei do próprio mundo e por aí vai.

      A grande maioria esquece de agradecer pelas dádivas recebidas no ano que passou e em continuar vivo, para emplacar novo ano. Tudo que passou sejam gozos ou sofrimentos serviram para o aprimoramento da Alma. Isso é o que mais importa. Nossa passagem por este planeta é transitória e dura um piscar de olhos lá da eternidade. Em vez de ficar pedindo coisas materiais, devemos nos preocupar com as coisas espirituais e rogar a Deus para nos conseguir mais um bom tempo no corpo físico, para podermos plantar boas sementes, visando a colheita futura. 

     A vida não acaba, o Espírito sobrevive a tudo. O que fica aqui na Terra é a vestimenta imprestável, que volta a ser pó da terra. Por isso, maior deve ser a nossa preocupação com o futuro espiritual. Tudo que é material fica por aqui. Ao abandonarmos o corpo físico levamos somente o bem ou mal que fizemos e os conhecimentos intelectuais. Esses servirão em nova jornada na carne. Os conhecimentos adquiridos e arquivados no perispírito servirão de ponto de apoio à nova caminhada terrestre.

Kardec nos ensinou:

"Quanto a origem do sentimento instintivo da vida futura, existente no homem, já temos dito: antes_de_encarnar, o Espírito conhecia todas essas coisas e a alma conserva vaga lembrança do que sabe e do que viu no estado espiritual.
        Em todos os tempos, o homem se preocupou com o seu futuro para lá do túmulo e isso é muito natural. Qualquer que seja a importância que ligue à vida_presente, não pode ele furtar-se a considerar quanto essa vida é curta e, sobretudo, precária, pois que a cada instante está sujeita a interromper-se, nenhuma certeza lhe sendo permitida acerca do dia seguinte. Que será dele, após o instante fatal?  Questão grave esta, porquanto não se trata de alguns anos apenas, mas da eternidade. 

       Aquele que tem de passar longo tempo, em país estrangeiro, se preocupa com a situação em que lá se achará. Como, então, não nos havia de preocupar a em  que nos veremos, deixando este mundo, uma vez que é para sempre?

        A ideia do nada tem qualquer coisa que repugna à razão. O homem que mais despreocupado seja durante a vida, em chegando o momento supremo, pergunta a si mesmo o que vai ser dele e, sem o querer, espera. Crer em Deus, sem admitir a vida futura, fora um contra-senso. O sentimento de uma existência melhor reside no foro íntimo de todos os homens e não é possível que Deus aí o tenha colocado em vão.

        vida futura implica a conservação da nossa individualidade, após a morte. Com efeito, que nos importaria sobreviver ao corpo, se a nossa essência moral houvesse de perder-se_no_oceano_do infinito?  As conseqüências, para nós, seriam as mesmas que se tivéssemos de nos sumir no nada".

Fontes:
Livro: "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec, questão 959;
Romeu Leonilo Wagner, Belém, Pará.

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Marcos Imperial

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