
REVOLUÇÃO MUNDIAL
O mundo está mudando.
A polaridade está sendo trocada.
Sai a força, a agressividade, a frieza, o
racionalismo exacerbado da energia masculina, com toda sua carga histórica de
atrocidades. Começa a adentrar o cenário internacional, sutilmente, a
inteligência, a leveza, a amorosidade da energia feminina, com todo o seu
potencial de acolhimento aos mais frágeis.
Dilma aqui, Cristina na Argentina, Michelle no
Chile...
América Latina mostrando ao mundo os novos rumos.
Vamos acompanhar as eleições de hoje no Chile e ver
se os prognósticos de vitória para Michelle Bachelet se confirmam.
Momento histórico para a cidadania planetária.
Chile vai às urnas com Bachelet como favorita
absoluta
Ex-presidente socialista tem 66% das intenções de
voto na disputa contra a conservadora Matthei, de acordo com as últimas pesquisas.
GUILHERME RUSSO, ENVIADO ESPECIAL / SANTIAGO - O
Estado de São Paulo
Desencanto e apatia são as palavras mais repetidas
por eleitores e analistas políticos do Chile em relação ao segundo turno das
eleições para a presidência do país, que ocorrem hoje. Pela primeira vez, os
chilenos não são obrigados a votar na disputa presidencial - a votação
anterior, em novembro, teve a participação de pouco mais da metade do
eleitorado.
Em razão disso, o comparecimento às urnas no
segundo turno é considerado a grande incógnita dessa votação.
Com até 66% das intenções de voto, segundo
pesquisas mais recentes, a ex-presidente Michelle Bachelet, da coalizão de
centro-esquerda Nova Maioria, deverá vencer com ampla vantagem a sua rival, a
conservadora Evelyn Matthei, da Aliança, de centro-direita, que varia em torno
dos 34% das preferências nas sondagens.
Em razão disso, potenciais eleitores tanto da
socialista como da conservadora devem optar por não votar. "Quem não tem
tanta simpatia pela Bachelet dificilmente irá às urnas, pois a vitória dela é
tida como certa. O mesmo ocorre com a direita, mas ao revés: esses eleitores
estão convencidos de que vão perder e por isso, possivelmente, não
votarão", afirmou ao Estado o cientista político Cristobal Aninat, diretor
da consultoria chilena Congress Watch.
"A grande dúvida é quantas pessoas vão votar.
Se algum analista disser que tem alguma informação sobre isso, não acredite,
porque é a primeira vez que praticamos o voto voluntário para presidente",
disse.
Desde o início da campanha, ambas as candidatas
enfatizaram em seus discursos o chamado para que o eleitorado vote. Analistas
que arriscam previsões falam em uma menor participação dos eleitores no segundo
turno.
"Há um desinteresse muito grande entre a
juventude. A abstenção será alta. Os jovens do Chile têm contradições vitais.
Protestam por melhorias, mas não votam. A classe política está muito
desprestigiada", disse o comunicador social Ernesto Medina, presidente do
Movimento Cidadão "Aqui, as Pessoas", que na quinta-feira fazia
campanha para Bachelet na esquina entre o Paseo Ahumada e o Paseo Huérfanos, no
centro de Santiago.
A poucos metros dali, correligionários de Matthei
gritavam o principal bordão da candidata: "Sim, é possível (Sí, se
puede)". Na opinião do cientista político Juan Pablo Fuentealva, que
coordenava a concentração, "a abstenção não é um problema apenas chileno,
é um fenômeno internacional".
"O Chile está vivendo sua pior crise de
representatividade", opinou a professora de história Macarena Arce, que
disse ter participado dos protestos por educação gratuita e de qualidade
ocorridos durante a presidência do conservador Sebastián Piñera, afirmando que
não votará hoje.
"Meu voto não tem maior nem menor
influência", disse o professor de música Matías Reimer, de 31 anos, que
também afirmou que não vai votar, apesar de ter reivindicado mudanças nas ruas
santiaguinas. O Estado conversou com outras dez pessoas no centro de Santiago,
com faixas etárias semelhantes e nenhuma delas afirmou que votaria hoje.
À parte os dois grupos em campanha, as ruas do
centro da capital mostravam pouquíssimos sinais de uma disputa eleitoral em
andamento. Apenas no entorno do Palácio de La Moneda, sede do Executivo
chileno, os cartazes com fotos e slogans das candidatas se acumulavam,
principalmente na Avenida Libertador General Bernardo O'Higgins - popularmente
conhecida como Alameda.
De acordo com especialistas em política chilena, a
baixa participação do eleitorado hoje, no cenário de Bachelet presidente, trará
problemas para a líder socialista implementar as reformas que promete fazer -
no sistema educacional, tributário e na Constituição do Chile. Com menos cacife
político, Bachelet, cuja coalizão controla 55% dos assentos de ambas as Casas
do Congresso, precisaria obter apoio de moderados e independentes para ter
maioria qualificada necessária para a aprovação de grande parte das mudanças
que pretende aplicar. Estadão Online.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá queridos leitores, bem vindo a pagina do Blog Imperial. Seu comentário é de extrema importância para nosso crescimento.
Marcos Imperial