Por Carolina Gonçalves, da Agência Brasil. Genoino está em
regime domiciliar provisório até que se decida sobre a possibilidade de cumprir
o semiaberto
Brasília – O deputado licenciado José Genoino (PT-SP) apresentou há pouco
a carta de renúncia de seu mandato parlamentar à Mesa Diretora. A comunicação
foi feita pelo 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas
(PT-PR), durante reunião da Mesa, um pouco antes da decisão final sobre a
abertura ou não de processo de cassação de seu mandato.
O 2º secretário da Mesa, deputado Simão Sessim (PP-RJ), acrescentou que
o pedido oficial de renúncia foi apresentado quando a votação da cassação já
havia iniciado e a maioria dos votos era pela abertura do processo.
O diretor-geral da Câmara, Sergio Sampaio, disse que, mais tarde, vai
divulgar comunicado oficial sobre a possível aposentadoria ou não do agora
ex-deputado. O deputado Renato Simões (PT-SP) já estava no lugar do Genoino e,
segundo a Secretaria Geral da Mesa, vai continuar no mandato.
Em seu comunicado de renúncia, o agora ex-deputado José Genoino
reafirmou sua inocência no caso do mensalão, pelo qual foi condenado pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) a seis anos e 11 meses de prisão em regime
semiaberto.
Genoino comunicou sua renúncia destacando que iniciará nova batalha para
reafirmar sua inocência. “Com história de mais de 45 anos de luta na defesa
intransigente do povo brasileiro e da democracia, darei uma breve pausa nessa
luta, que representa o início de uma nova batalha dentre tantas outras que já
enfrentei”, afirmou.
O ex-deputado, que no momento cumpre pena domiciliar devido a seu estado
de saúde, destacou que, “entre a humilhação e a ilegalidade”, prefere o risco
da luta. Ressaltou ainda que não acumulou patrimônio e riqueza, agradecendo a
confiança que seus eleitores depositaram nele.
A Câmara foi comunicada pelo STF da prisão de condenados no processo do
mensalão e a perda dos direitos políticos por sentença criminal transitada em
julgado no último dia 19.
A partir da comunicação, o presidente da Câmara propôs à Mesa Diretora a
abertura do processo contra Genoino, que seria seguida de encaminhamento à
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para análise técnica e
abertura de prazo para defesa do parlamentar (por cinco sessões). A decisão
final sobre a cassação caberia ao Plenário.
Genoino entrou com o pedido de aposentadoria na Câmara em setembro. Na
semana passada, o deputado, que está preso desde o dia 15 de novembro condenado
pelo STF no caso mensalão, passou mal e foi internado no Instituto de Cardiologia
do Distrito Federal.
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