Trem da alegria foi votado às pressas por 271 votos contra apenas 18; sessão hoje foi feita no apagar das luzes; cargos seriam extintos após a virada do ano; Congresso mostra que não aprendeu nada com mensagem das ruas por moralidade administrativa; “partidos que perderam deputados para o Pros e o Solidariedade deveriam ceder seus cargos em lugar da criação de mais 94 cargos”, lamentou líder do PsoL, Chico Alencar; presidentes Paulinho da Força e Cid Gomes devem ser gratos a Henrique Alves, que não vê problema em praticar a velha política de nomeações para acomodar classe
Via 247 – No apagar das luzes de 2013, às vésperas
do Natal, os deputados resolveram dar presentes a si mesmos, na forma de 94
novos cargos de assessoria. As vagas serão preenchidas pelos parlametares do
Pros e do Solidariedade (SDD), partidos recém-criados por meio de mudanças de
legendas. Mas todos sairão ganhando.
Em lugar de os parlamentares carregarem consigo os
cargos que já dispunham quando estavam no partido anterior, esses cargos foram
transferidos para a legenda que ficou para trás. Os deputados que migraram para
os dois novos partidos poderão nomear novas assessorias. A conta de novos 94
vencimentos de servidores federais fica espetada no público.
Comandada por Henrique Alves, da velha tradição da
política de nomeações, a Câmara agiu de maneira sub-reptícia, furtiva, e criou
na tarde desta terça-feira 17 um custoso trem da alegria. Em junho,
manifestações populares conseguiram arrancar do Congresso votações a toque de
caixa para atenuar as críticas de vários setores sociais. A lição, porém, não
foi aprendida. Os novos cargos batem de frente com reivindicações por
moralidade administrativa.
O único deputado a reclamar da criação dos 94 novos
cargos, repita-se, foi o líder do PsoL, Chico Alencar.
Abaixo, notícia da Agência Brasil a respeito:
Câmara aprova a criação de 94 cargos para o PROS e
o Solidariedade
Luciano Nascimento
Repórter da Agência Brasil
Brasília –
Por 271 votos a 18, a Câmara dos Deputados aprovou, na tarde de hoje (17),
projeto de resolução que cria 94 cargos comissionados temporários para compor
as estruturas de liderança do PROS e do Solidaridade (SDD). Houve três
abstenções.
Com a medida,
cada um dos novos partidos terá à disposição 47 cargos, que serão extintos ao
final da atual legislatura, em 28 de fevereiro de 2015. O custo estimado com a
criação dos cargos é de R$ 1 milhão por mês.
Os líderes
dos dois partidos, deputados Givaldo Carimbão (PROS-AL) e Fernando Francischini
(SDD-PR), defenderam a criação dos cargos, alegando que os partidos funcionam
há 90 dias sem assessoria e que as vagas serão extintas na próxima legislatura.
O único que
se manifestou contra a medida foi o PSOL. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ)
criticou a iniciativa dizendo que os partidos que perderam deputados para as
novas legendas deveriam abrir mão dos cargos para os dois partidos.
"O
razoável é dividir os cargos já criados, garantindo estrutura de acordo com o
tamanho das bancadas. A solução mais simples, porém, é criar mais cargos e
mantar dezenas de partidos com quantitativos absurdos", disse Alencar.
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