Fábio Cesar dos
Santos Oliveira (à dir.) foi indicado pelo presidente do Supremo Tribunal
Federal, Joaquim Barbosa, para o cargo de secretário-geral do Conselho Nacional
de Justiça em novembro de 2012; mas desde agosto do ano passado cursa uma
especialização de um ano na Columbia University; órgão disse que ele abriria
mão da remuneração do cargo; no entanto, já recebeu R$ 28,7 mil durante
"visita acadêmica"; Oliveira segue os passos do seu mentor, Joaquim
Barbosa, que durante férias na Europa teve 11 diárias bancadas pelo STF, no
total de R$ 14.142,60, sob a justificativa de agenda oficial.
Via 247 –
Indicado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa,
para o cargo de secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o juiz
auxiliar Fábio Cesar dos Santos Oliveira vive desde agosto de 2013 nos Estados
Unidos. Oliveira assumiu o mandato de dois anos em novembro de 2012, mas deixou
o País em 1° de agosto para uma especialização na Columbia University, em Nova
York, como parte do curso de doutorado em Direito da USP. Sua volta está prevista
para 31 de julho deste ano.
A agência de
notícias do CNJ chegou a publicar uma nota, em maio de 2013, informando que,
"durante o período de estudos no exterior, o magistrado renunciará à
remuneração decorrente da convocação do CNJ" (leia aqui). No entanto,
conforme apuração da Folha de S. Paulo, ele continua a receber sem exercer a
função. Oliveira já foi remunerado em R$ 28,7 mil pelo órgão durante sua
"visita acadêmica" nos EUA. O juiz auxiliar Marivaldo Dantas assumiu
suas funções. Nos corredores do CNJ, o caso é conhecido como o do
"rolezinho do secretário fantasma do CNJ".
Oliveira segue
os passos de seu amigo e mentor Joaquim Barbosa. Durante suas férias no início
do ano, o magistrado deixou em aberto o mandado de prisão do João Paulo Cunha
(PT-SP), condenado na AP 470, antecipando recesso e alegando falta de tempo
para concluir o caso. Além disso, teve 11 diárias bancadas pelo STF, no total
de R$ 14.142,60, sob a justificativa de agenda oficial. O presidente do Supremo
tinha na agenda, no entanto, a realização de duas palestras, em Paris e em
Londres - uma delas de apenas 30 minutos.
A agenda oficial
no exterior, que não havia sido divulgada, foi publicada pela assessoria de
imprensa depois de pressão dos jornais sobre o assunto. "Qualquer servidor
que se desloca em serviço recebe diárias", defendeu-se. Em Paris,
questionado por jornalistas, declarou: "Eu acho isso (a discussão sobre as
diárias) uma coisa muito pequena. Veja bem, você viaja para representar o seu
País, para falar sobre as instituições do País, e vocês estão discutindo
diárias!", acrescento.
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Marcos Imperial