Os pregadores da propalada intervenção militar são
contra as cotas, o programa bolsa família e o Mais Médicos, os direitos das
domésticas e até mesmo o aumento do salário mínimo.
Os
50 anos do golpe civil militar de 1964 nos leva, obrigatoriamente, a uma série
de reflexões: o atraso do país produzido pelo criminoso e malfadado golpe é
incomensurável; reformas substanciais que nos colocariam hoje entre as nações
mais desenvolvidas do mundo foram abandonadas; produziu-se o maior arrocho
salarial de toda a história brasileira, causando essa vergonhosa concentração
de rendas e riquezas que nos colocam em um desonroso lugar.
Neste
período sombrio houve a maior captura dos setores públicos por elementos
apaniguados e pelos poderosos de plantão, exemplo desse cenário foi a farta
distribuição de cartórios, amplificando a trágica burocratização da vida
nacional.
O
amalgama militar-empresarial além do financiamento da repressão com torturados,
mortos e desaparecidos encarcerou milhares de brasileiras e brasileiros.
Nunca a rapinagem e o espírito bucaneiro das elites brasileiras tiveram terreno
tão fértil para prosperar. Ao se curvar a esses ditames, organismos da alta
burocracia do estado fizeram a “farra do boi”.
Conservadores
em sua maioria, o Poder Judiciário e o Ministério Público agiram para
desmantelar as forças populares e aumentar os seus privilégios, vem daí os
altos dispêndios pagos em aposentadorias e pensões que ainda sangram os cofres
dos tesouros estaduais e federal.
Moralizadores
de fancaria impuseram a paz do medo e dos cemitérios, criando uma falsa
impressão de apoio popular. O primeiro e importante setor que apoiou o golpe e
“pulou fora” foi a maioria da Igreja Católica artífice e apoiadora principal
das inglórias “marchas da família”. A grande mídia co-irmã do golpismo, apesar
da censura de que foi vítima amealhou o seu maior crescimento patrimonial, vide
a instituição da Rede Globo de Televisão.
Esse
estado de coisas não pode voltar!
Assim,
a despeito das disputas eleitorais, a movimentação das forças que apostam na
consolidação da democracia brasileira deve ser no sentido de dar um basta a
tudo isso.
É
inaceitável a pregação golpista atual. Cabe, a nós militantes progressistas, a
defesa da democracia e do estado de direito, devemos ir ao povo brasileiro e
explicá-lo que essa pregação, a pretexto de defender moralização vem no sentido
de destruir todas as conquistas populares.
Os
pregadores da propalada intervenção militar são contra as cotas, o programa
bolsa família e o Mais Médicos, os direitos das domésticas e até mesmo o
aumento do salário mínimo. Culpam o povo pelo engarrafamento dos aeroportos e
até pelo intenso tráfego nas estradas e cidades, dado a aumento significativo
de pobres que adquiriram um carrinho.
A
pauta criminalizadora dessa gente afeta diretamente os autênticos movimentos
populares e a sua principal razão de existência: os pobres, os negros, os
índios e todos aqueles que a usura e a ganância elitista não deixaram
prosperar, os poucos que conseguiram progredir o fizeram por hercúlea
iniciativa individual.
É
contra isso que lutamos. Essas iniciativas conservadoras devem ser desmascaradas.
O país não suportaria.
Golpismo,
nunca mais!
Alberto
Cantalice é
vice-presidente nacional do PT
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Marcos Imperial