sexta-feira, 21 de março de 2014

Líder do PT denuncia oposição por ações rasteiras e antinacionais contra a Petrobras Deputado Vicentinho (PT-SP), líder do PT na Câmara (Foto: Liderança/PT).

"Chegaram até a propor a mudança de nome da empresa para Petrobrax", lembrou Vicentinho.
O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP), denunciou na tarde desta quinta-feira (20) o que chamou de movimento que visa a desconstrução da Petrobras, capitaneado pela oposição PSDB/DEM e setores movidos por interesses antinacionais. Segundo o líder petista, esse movimento não é de hoje e remonta aos tempos em que a oposição era governo, no período Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), durante o qual houve a tentativa de retalhar a estatal para privatizá-la.

“Chegaram até a propor a mudança de nome da empresa para Petrobrax”, lembrou Vicentinho. Para ele, os ataques contínuos à estatal têm claro objetivo político e eleitoral. Ele lembrou, por exemplo, a recente aprovação, pela Câmara, de uma comissão externa para investigar denúncias contra supostas irregularidades na empresa, “mas sem ter até agora nenhum fato concreto para observar”, já que sem baseia em noticiário da imprensa, sem documentos e nem fontes. “Eu só estou de olho para saber se vai lá [na Holanda] para passear e gastar dinheiro público,” acrescentou.

De acordo com Vicentinho, a ação eleitoreira da oposição é irresponsável. Ele citou também a estridência da oposição e de parte da mídia pela compra de uma refinaria, pela Petrobras, nos EUA. “O caso da compra da refinaria não é novo, faz anos e vieram colocar exatamente agora”. O líder do PT reforçou que toda denúncia deve ser apurada, já que “a verdade tem que prevalecer em qualquer circunstância”, mas ressalvou: “Por que agora? Por que no período pré-eleitoral?”.

Escândalo de FHC - Para o líder do PT é preciso ir com cuidado. “Não houve um erro de avaliação, mas um erro de previsão”, disse ele, em relação à compra da refinaria nos EUA, pela Petrobras. Ele frisou que, mais grave que a compra da refinaria, foi a Petrobras comprar, durante o governo FHC, ações da empresa petrolífera Bahia Blanca, na Argentina, pertencente a um grupo espanhol que recebeu, em contrapartida, 30% da Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, 10% do campo de Albacora Leste e 750 postos de combustíveis da BR Distribuidora.

A avaliação feita na época estimava que cada parte que uma entregava à outra valia cerca de US$ 500 milhões; o contrato de troca foi assinado por Henri Philippe Reichstul, o presidente da Petrobras que ficou marcado por tentar mudar o nome da empresa para Petrobrax. Segundo o líder, a operação foi num momento de turbulência, às vésperas de uma desvalorização cambial na Argentina, o que causou um prejuízo de mais de R$ 3 bilhões à estatal brasileira.

“Até o Maradona sabia que o dólar iria cair e a Petrobras comprou, fez a transação três dias antes da queda do dólar” frisou Vicentinho, observando que naquele momento não se promoveu na mídia brasileira o escândalo que se faz por causa da refinaria nos EUA.

CPI - Vicentinho reforçou que o governo não teme a criação de nenhuma CPI , mas alertou que qualquer tentativa nesse sentido é direcionada para a oposição tentar tirar proveito político e eleitoral. “Está muito claro o jogo aqui nesta Casa. O jogo não é apurar se está certo ou se está errado. O jogo é atacar a presidenta Dilma”, criticou.

De acordo com o líder petista, o que se discute no caso da Petrobras é uma decisão técnica, tomada por um conselho com base em relatórios de consultorias internacionais. “Porque é que não foi criada uma comissão especial para investigar o caso do Metrô de São Paulo? Por que lá na Assembléia Legislativa de São Paulo a base do governo do PSDB não permitiu a abertura de nenhuma CPI para investigar o caso Alstom?” questionou.

As denúncias envolvendo um cartel de empresas fornecedoras ao governo tucano paulista – propinas em trocas do fornecimento de produtos e serviços superfaturados - não têm tido grande repercussão na mídia. Um levantamento feito pela assessoria técnica da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo mostra que, desde 1990, os contratos das empresas do cartel com o governo paulista somam 618. Em volume financeiro, eles chegam a R$ 40 bilhões, em valores atualizados. Os cálculos sobre desvios de recursos públicos variam de R$ 500 milhões a R$ 2 bilhões.

(PT na Câmara)

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Marcos Imperial

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