Por Fernando Mineiro
A chapa
do acordão anunciada hoje é uma síntese da mesmice que se
repete em nosso Estado há quase 40 anos.
Em vez de olhar para frente, o chapão da
acomodação entre o PMDB e seus aliados olha para trás: tem o apoio dos 7
ex-governadores que vêm do passado para oferecer ao povo as mesmas e não
cumpridas promessas de futuro.
Começando por Lavoisier Maia, nomeado governador
pela ditadura militar, que sucedeu Tarcísio Maia, pai de José Agripino,
prefeito biônico de Natal, também nomeado pelo regime militar, o palanque do acordão é
uma rede de nomes, sobrenomes, parentescos, correligionários e ex-adversários
novos correligionários.
Dele não faz parte, ainda, a atual
governadora do DEM, que recebeu apoio do PMDB até o ano passado, mas que hoje
tem a rejeição da imensa maioria dos norte-rio-grandenses e até do seu próprio
partido.
Os grandes ausentes do palanque do acordão são
os projetos ou as propostas para enfrentar os verdadeiros problemas do Estado,
agravados ainda mais nos últimos 4 anos.
Nada une o palanque do acordão a
não ser o medo político um do outro, a desconfiança mútua entre seus membros e
o vergonhoso rateio das vagas em disputa nas próximas eleições.
Mas a falta mais sentida neste palanque do acordão,
onde se fazem ironicamente presentes todos os
responsáveis pelos destinos do Estado em quase meio século, é o povo – os
interesses justos e as necessidades reais do povo, que sabe, hoje, não existir
melhor palanque do que as ruas, e que vai saber enfrentar e derrotar tamanha
desfaçatez política, escolhendo entre a mesmice e a possibilidade real de
mudança.
*Deputado
Estadual pelo PT-RN.
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Marcos Imperial