
Eles não nos
representam, não compartilham nossas ideias, não defendem as causas do povo,
tão pouco se importam conosco... E ainda querem o nosso voto.
Por professor Antônio Neves
Membro do diretório municipal do PDT em Caicó.
Por que então devemos nos associar e
aplaudir, como novidade necessária, o maior acordão da história do Rio Grande
do Norte, em torno do projeto político-eleitoreiro-familiar das principais
oligarquias do estado – estrelado pelos Alves (PMDB) - e somadas aos dejetos de
uma classe política traiçoeira que disputa de todas as formas possíveis às
sobras de um estado agonizante, resultado de tantos outros acordos do passado?
Será que a população esqueceu, tão cedo, que a atual governadora Rosalba (DEM)
e os desastres administrativos do seu governo são subprodutos de acordões e
manobras eleitorais extraídas desse tipo de jogo sujo pelo poder?
A maioria da classe política que domina
e controla este estado está excitante com a possibilidade de continuarem donos
do poder: ex-governadores, deputados, prefeitos, vereadores, cabos-eleitorais,
chefes regionais, coronéis, “lideranças” de base; todos, num só intuito, domar
a máquina pública e suas benesses em função dos seus interesses mais
inconfessáveis, um assalto político ao que sobrou de um estado que agoniza
devido às ações (ou falta delas) depois de décadas de (des)governos destes
mesmos senhores e senhoras que agora, se dizem precisar unirem-se para salvar o
Rio Grande do Norte. Mas salvar de que mesmo, ou de quem? Por que não salvaram
quando tiveram oportunidade e poder de assim fazer?
A população assiste a tudo bitolada
pela propaganda midiática que dá sustentação a este projeto engana povo, mesmo
sabendo que a cada um dos envolvidos está garantida uma parte do bolo do poder
que, certamente, os cidadãos que sofrem cotidianamente com os atropelos dessas
negociatas, ficarão apenas e como sempre, com as migalhas: migalhas na saúde,
na educação, na segurança, na deficiência da infraestrutura funcional dos
serviços públicos, na falta de oportunidades para a juventude, no abandono da
infância. Assim, em mais uma eleição, serão enganados mais uma vez e depois
terão quatro anos para reclamar em vão.
O estado de alienação que o povo
norte-rio-grandense vive é tão letárgico, que não percebem as contradições dos
discursos e atitudes que compõe os acordos de bastidores e o que se esconde por
trás dos belos sorrisos e promessas de amor eterno entre os que comporão o
chapão que se forma em nome da “esperança e da paixão” como bem definiu a
ex-governadora e pré-candidata a senadora, Vilma de Farias (PSB), que quando
candidata ao governo em 2002 classificava pejorativamente Alves e Maias como os
caciques da política estadual, taxados por ela como sinônimos do atraso e da
incompetência governamental. Em meio às contradições do discurso, qualquer
semelhança entre ela e seus aliados diante as conveniências do momento não é
mera coincidência!
Henrique Alves (PMDB), o príncipe dos
bacuraus será o guia deste velho carrossel que em todas as eleições ganha
contornos de infelicidade para o povo. Sua pré-candidatura representa o que há
de pior na escola política do estado, mas trás para seu palanque a promessa de
acolher os interesses de todos aqueles que por décadas sempre se deram muito
bem entre os acordões de que fizeram parte, prova disso, é que se uniram
novamente.
Não preciso mais do que estes
argumentos para jamais compactuar ou fazer parte dessa canalhice que chamam de
democracia eleitoral, unidade partidária ou aliança políticas, isso pra mim tem
outro nome (xh3#h*w%@k§v).
Não sei se o povo resistirá e se negará
a votar em mais um engodo político tão bem desenhado, erguido sobre o discurso
da união e da paz pública em nome do bem estar da população que morre
lentamente pela falta de perspectiva dos que deveriam lhes respeitar. As urnas
dirão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá queridos leitores, bem vindo a pagina do Blog Imperial. Seu comentário é de extrema importância para nosso crescimento.
Marcos Imperial