"Imagens de mortes trágicas, acidentes e vítimas de homicídios são divulgadas com uma velocidade absurda. O caso mais recente é o de Eduardo Campos – com a disseminação, inclusive, de muitas fotos falsas.
Marcos Sacramento, DCM
Um hábito macabro
se espalha na internet. Fotos de vítimas de acidentes e homicídios são
compartilhadas por meio do aplicativo WhatsApp a
uma velocidade espantosa. Ainda no dia do acidente que matou o candidato à
presidência Eduardo Campos já havia supostas fotos das vítimas e de partes do
corpo circulando através do aplicativo.
Dias atrás uma adolescente
suicidou-se no bairro onde moro. Eu não a conhecia. Soube porque passei em
frente ao prédio por volta das 18 horas e vi uma movimentação anormal da
Polícia Militar. Às 20 horas a foto da jovem morta passava
de smartphoneem smartphone.
Em outra situação, uma amiga me
pediu para deletar imagens que recebera pelo celular. Ela não teve
estômago nem para apagá-las. Eram de uma moça violentada e assassinada pelo
namorado. Os abutres do WhatsApp fizeram o trabalho completo: havia
o vídeo do estupro, fotos da vítima no local da ocorrência
e no velório.
A divulgação de
imagens de tragédias pela internet não é novidade. Nos anos 90, fotos como as
do acidente da banda Mamonas Assassinas eram compartilhadas por disquetes ou
e-mail. Porém, levavam meses ou até anos para chegar ao público.
Hoje elas aparecem
em minutos. Bastam três toques e um motoqueiro que acabou de morrer no
trânsito, por exemplo, vai para a rede. Há sempre alguém disposto a apontar o
smartphone e tirar uma foto do corpo inerte sem respeito à vitima ou a seus
familiares. A velocidade do WhatsApp atropela o espaço para ponderações.
Dias atrás a filha
do ator Robin Willians recebeu supostas fotos do pai morto dois dias antes.
Abalada pelo suicídio, Zelda Willians ficou ainda pior por causa das fotos e
encerrou sua conta no Twitter. As fotos partiram de um ataque de “trolls” que
pode ser considerado um caso isolado.
Mas é provável que
aqui no Brasil alguma anônima tenha passado por dor semelhante à de Zelda ao
receber a foto do familiar morto. Com mais de 50 mil vítimas de homicídio, 60
mil mortos no trânsito ao ano e um batalhão disposto a espalhar o horror pelo
WhatsApp, isso deve ser até corriqueiro." Via http://congeneres.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá queridos leitores, bem vindo a pagina do Blog Imperial. Seu comentário é de extrema importância para nosso crescimento.
Marcos Imperial