FIM DA ERA JB: NÃO HÁ MAL QUE DURE PARA SEMPRE.
Agora é oficial: a aposentadoria de Joaquim
Barbosa do Supremo Tribunal Federal está publicada no Diário Oficial da União,
no decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro José Eduardo
Cardozo; sua gestão foi marcada por abusos, agressões a colegas, jornalistas,
advogados, entidades da magistratura e, sobretudo, a direitos de defesa
assegurados pela Constituição Federal; depois de cumprir um papel lamentável à
frente da suprema corte, ele poderá desfrutar a aposentadoria em Miami, num imóvel
registrado em nome de uma offshore; nesta sexta-feira, Ricardo Lewandowski será
eleito presidente do STF, que poderá, enfim, restaurar a sua dignidade.
Via 247 - Acabou. Joaquim Barbosa não é mais presidente do Supremo
Tribunal Federal. Sua aposentadoria precoce foi publicada nesta quinta-feira,
31 de julho de 2014, no Diário Oficial da União.
É uma data
histórica porque chega ao fim dos períodos mais vergonhosos da história do
Poder Judiciário no Brasil. À frente do STF, Barbosa agrediu colegas, jornalistas,
entidades de magistrados, expulsou um advogado do plenário com a ajuda de
seguranças e violentou, sobretudo, direitos e garantias individuais assegurados
pela Constituição Federal.
Como relator
da Ação Penal 470, transformou-se em figura midiática, "o menino pobre que
mudou o Brasil" (em Veja), ou o "brasileiro que faz diferença"
(no Globo), para cumprir o papel que a ele foi designado, alinhado com a agenda
política dos meios de comunicação que garantiram seu breve estrelato.
No poder, a
despeito da fama de justiceiro, usufruiu de todas as benesses do cargo, algumas
permitidas, outras, nem tanto. Reformou o banheiro de sua residência por R$ 90
mil, viajou a Paris e visitou uma loja da Prada usando diárias que depois se
viu forçado a devolver e registrou um imóvel em Miami em nome de uma empresa
offshore que tinha como endereço seu apartamento funcional em Brasília.
Aposentado,
Barbosa poderá se dedicar à vida de subcelebridade, seja nos bares da vida, no
Rio de Janeiro, ou em Miami. A carreira política, que ele chegou a cogitar, a
bem do Brasil, foi abortada. Caso tivesse se lançado candidato, jogaria por
terra a "credibilidade" do julgamento da Ação Penal 470, a única
causa a que se dedicou verdadeiramente na suprema corte.
Com sua saída,
comprova-se, mais uma vez, a força de um ditado popular. Não há mal que dure
para sempre.
E com a
chegada de Ricardo Lewandowski ao comando do Poder Judiciário o Supremo
Tribunal Federal poderá, enfim, restaurar a sua própria dignidade.
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Marcos Imperial