Para o bispo de Jales (SP), dom Demétrio
Valentin, ascensão de Marina Silva é “irreversível” e traz risco de fazer da
religiosidade um instrumento de ação política: “a gente tem medo do
fundamentalismo que ela pode proporcionar. Existe na Marina uma tendência ao
radicalismo, pela convicção exagerada ao defender seus valores e suas
motivações, que pode derivar para o fundamentalismo”; ele também lamenta o fato
de a presidente Dilma Rousseff não ter estabelecido “muitas pontes” com a
igreja.
247 - O bispo de Jales (SP), dom Demétrio Valentin vê com
temor a possível vitória na eleição presidencial da ex-ministra Marina Silva
(PSB), uma evangélica da Assembleia de Deus.
“Agora, a
gente tem medo do fundamentalismo que ela pode proporcionar. Existe na Marina
uma tendência ao radicalismo, pela convicção exagerada ao defender seus valores
e suas motivações, que pode derivar para o fundamentalismo”, disse ele em
entrevista ao Valor.
Para o
bispo, Marina traz o risco de fazer da religiosidade um instrumento de ação
política. Ele vê sua ascensão nas pesquisas como uma situação “irreversível”. A
não ser que haja uma reviravolta em que comecem a pesar as fragilidades de
Marina, que não estão no fato de ela não ser católica. Estão em ela ter pouca
articulação política e portanto existirem dúvidas sobre como ela vai governar.
Dom Demétrio ainda lamentou o
fato de a presidente Dilma Rousseff não ter estabelecido “muitas pontes” com a
igreja. “A Dilma tem um estilo mais autoritário, ela pouco nos convocou. O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o fazia com muita frequência”, disse
(leia mais).
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Marcos Imperial