A Vila dos Pinheiros, uma das 15 comunidades
que formam o conjunto de favelas da Maré, recebeu em dezembro de 2013 cinco
médicos cubanos do programa "Mais Médicos" para reforçar o serviço de
atenção básica de saúde. A Maré, com 130 mil habitantes, sofria com alta
rotatividade de médicos. Hoje com a ocupação militar e a presença dos médicos
cubanos, esse quadro mudou. Eles trabalharam durante um período inicial
acompanhados das suas enfermeiras de equipe, para que pudessem saber o tipo de
abordagem que se faz no Brasil, e mais especificamente na Maré e na Vila
Pinheiros.
Favela 247 – A Vila dos Pinheiros, uma das 15 comunidades que
formam o conjunto de favelas da Maré, recebeu em dezembro de 2013 cinco médicos
cubanos do programa "Mais Médicos" para reforçar o serviço de atenção
básica de saúde.
"Um grande problema aqui antes da ocupação era a violência.
Muitos médicos não vinham por medo de entrar na comunidade. Porque a nossa
unidade não é perto, nem próxima, nem do lado, ela é dentro da comunidade, nós ficamos
no centro. Então, quando tinha um conflito armado, nós tínhamos que ficar aqui
dentro da unidade, e tínhamos um plano de segurança que a Cruz Vermelha fez com
a gente. Era uma situação muito difícil", conta Vera Lúcia de Oliveira
Quintela, gerente do Centro Municipal de Saúde Gustavo Capanema.
Por ONU-BR
Vila Pinheiros, no Complexo da Maré, ganha reforço em com
Programa Mais Médicos
A região é uma das 15 comunidades do Complexo da Maré, na Zona
Norte do Rio de Janeiro, que está sendo beneficiada pela parceria entre o
Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde.
Vila Pinheiros é uma das 15 comunidades que formam a região
conhecida como Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e que se
constitui em um agrupamento de várias favelas, sub-bairros com casas e
conjuntos habitacionais.
Com aproximadamente 130 mil moradores, a região possui um dos
mais baixos indicadores de desenvolvimento social e é considerada uma das
violentas da capital, por conta da atuação de facções criminosas ligadas ao
tráfico de drogas.
Em abril deste ano, após uma onda de violência, forças do
Exército e da Polícia iniciaram a ocupação do Complexo da Maré, em uma ação que
dá suporte e antecede a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP)
no local.
“Um grande problema aqui antes da ocupação era a violência.
Muitos médicos não vinham por medo de entrar na comunidade. Porque a nossa
unidade não é perto, nem próxima, nem do lado, ela é dentro da comunidade, nós
ficamos no centro. Então, quando tinha um conflito armado, nós tínhamos que
ficar aqui dentro da unidade, e tínhamos um plano de segurança que a Cruz
Vermelha fez com a gente. Era uma situação muito difícil”, conta Vera Lúcia de
Oliveira Quintela, gerente do Centro Municipal de Saúde Gustavo Capanema.
A rotatividade de profissionais era um problema crônico, até a
chegada dos médicos cubanos do programa “Mais Médicos”, em dezembro de 2013.
Segundo Vera, ao chegar à unidade, todos os médicos cubanos trabalharam durante
um período inicial acompanhados das suas enfermeiras de equipe, para que
pudessem saber o tipo de abordagem que se faz no Brasil, e mais especificamente
no Complexo da Maré e na Vila Pinheiros.
“As comunidades, mesmo que estejam no mesmo território, diferem
entre si, têm códigos e abordagens diferentes. Então esse trabalho com as
enfermeiras foi importante. Depois, o Dr. Breno passou a acompanhar as
consultas, quando surgia qualquer dúvida ele tirava, e nós fazíamos reuniões
mensais de equipe. Esse trabalho inicial foi fundamental para a adaptação, e as
dificuldades que surgem vão sendo sanadas em conjunto.”
Saiba mais neste vídeo especial da Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS/OMS), que possui um acordo com os ministérios da Saúde brasileiro e
cubano para expandir o acesso da população brasileira à atenção básica de
saúde.
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Marcos Imperial