terça-feira, 9 de setembro de 2014

"Mais Médicos" reforça a atenção básica na Maré

FOTOS: OPAS / Wikimapia:
A Vila dos Pinheiros, uma das 15 comunidades que formam o conjunto de favelas da Maré, recebeu em dezembro de 2013 cinco médicos cubanos do programa "Mais Médicos" para reforçar o serviço de atenção básica de saúde. A Maré, com 130 mil habitantes, sofria com alta rotatividade de médicos. Hoje com a ocupação militar e a presença dos médicos cubanos, esse quadro mudou. Eles trabalharam durante um período inicial acompanhados das suas enfermeiras de equipe, para que pudessem saber o tipo de abordagem que se faz no Brasil, e mais especificamente na Maré e na Vila Pinheiros.

Favela 247 – A Vila dos Pinheiros, uma das 15 comunidades que formam o conjunto de favelas da Maré, recebeu em dezembro de 2013 cinco médicos cubanos do programa "Mais Médicos" para reforçar o serviço de atenção básica de saúde.

"Um grande problema aqui antes da ocupação era a violência. Muitos médicos não vinham por medo de entrar na comunidade. Porque a nossa unidade não é perto, nem próxima, nem do lado, ela é dentro da comunidade, nós ficamos no centro. Então, quando tinha um conflito armado, nós tínhamos que ficar aqui dentro da unidade, e tínhamos um plano de segurança que a Cruz Vermelha fez com a gente. Era uma situação muito difícil", conta Vera Lúcia de Oliveira Quintela, gerente do Centro Municipal de Saúde Gustavo Capanema.

Por ONU-BR

Vila Pinheiros, no Complexo da Maré, ganha reforço em  com Programa Mais Médicos

A região é uma das 15 comunidades do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que está sendo beneficiada pela parceria entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde.

Vila Pinheiros é uma das 15 comunidades que formam a região conhecida como Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e que se constitui em um agrupamento de várias favelas, sub-bairros com casas e conjuntos habitacionais.

Com aproximadamente 130 mil moradores, a região possui um dos mais baixos indicadores de desenvolvimento social e é considerada uma das violentas da capital, por conta da atuação de facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas.

Em abril deste ano, após uma onda de violência, forças do Exército e da Polícia iniciaram a ocupação do Complexo da Maré, em uma ação que dá suporte e antecede a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no local.

“Um grande problema aqui antes da ocupação era a violência. Muitos médicos não vinham por medo de entrar na comunidade. Porque a nossa unidade não é perto, nem próxima, nem do lado, ela é dentro da comunidade, nós ficamos no centro. Então, quando tinha um conflito armado, nós tínhamos que ficar aqui dentro da unidade, e tínhamos um plano de segurança que a Cruz Vermelha fez com a gente. Era uma situação muito difícil”, conta Vera Lúcia de Oliveira Quintela, gerente do Centro Municipal de Saúde Gustavo Capanema.

A rotatividade de profissionais era um problema crônico, até a chegada dos médicos cubanos do programa “Mais Médicos”, em dezembro de 2013. Segundo Vera, ao chegar à unidade, todos os médicos cubanos trabalharam durante um período inicial acompanhados das suas enfermeiras de equipe, para que pudessem saber o tipo de abordagem que se faz no Brasil, e mais especificamente no Complexo da Maré e na Vila Pinheiros.

“As comunidades, mesmo que estejam no mesmo território, diferem entre si, têm códigos e abordagens diferentes. Então esse trabalho com as enfermeiras foi importante. Depois, o Dr. Breno passou a acompanhar as consultas, quando surgia qualquer dúvida ele tirava, e nós fazíamos reuniões mensais de equipe. Esse trabalho inicial foi fundamental para a adaptação, e as dificuldades que surgem vão sendo sanadas em conjunto.”



Saiba mais neste vídeo especial da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), que possui um acordo com os ministérios da Saúde brasileiro e cubano para expandir o acesso da população brasileira à atenção básica de saúde.

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Marcos Imperial

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