terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O que é o amor? Uma seleção de frases sobre o assunto

“Nada é misterioso, nenhum relacionamento humano. Apenas o amor”, Susan Sontag.

Diário do Centro do Mundo.

O texto original, de Maria Popova, foi publicado no site “Brainpickings”.

Kurt Vonnegut, que era levemente extremista em relação ao amor mas também possuía certa dose de irreverência quanto ao assunto, em Sirens of Titan:

          A finalidade da vida humana, não importa quem está controlando isso, é amar quem está por perto para ser amado.
Anais Nïn, especialista em matéria de amor, em A Literate Passion: Letters of Anaïs Nin & Henry Miller:

          O amor não é nada além da aceitação do outro, o que quer que ele seja.

Stendhal em seu fantástico tratado sobre o amor de 1822:

          O amor é como a febre: Nasce e passa sem a menor intervenção da vontade. Não há limite de idade para o amor.

C.S. Lewis, um homem muito sábio, em The Four Loves:

          Não existe investimento seguro. Amar é ser vulnerável. Ame qualquer coisa e seu coração certamente se retorcerá e possivelmente será partido. Se você quiser conservá-lo intacto, não o dê a ninguém, nem mesmo a um animal. Mantenha-o cercado apenas por passatempos e pequenos luxos; evite todo tipo de emaranhamento; tranque-o cuidadosamente no túmulo do seu egoísmo. Mas nesse túmulo – seguro, sombrio, imóvel, abafado – seu coração mudará. Ele não poderá ser partido; será inquebrável, impenetrável, irredimível. A alternativa à tragédia, ou ao perigo de tragédia, é a danação. O único lugar além do Paraíso onde você pode se manter longe dos perigos e das perturbações do amor é o Inferno.

Lemony Snicket em Horseradish: Bitter Truths You Can’t Avoid:

          O amor pode mudar uma pessoa como um pai/mãe pode mudar um bebê – de forma estranha e em geral com grande confusão.

Susan Sontag, especialista em matéria do amor, em As Consciousness Is Harnessed to Flesh: Journals and Notebooks, 1964-1980:

Nada é misterioso, nenhum relacionamento humano. Apenas o amor.
  
Charles Bukowski, que apelidou o amor de “cão dos infernos”, em uma entrevista:

          O amor é como a neblina que você vê de manhã, quando acorda antes do nascer do sol. A neblina está ali e, um momento depois, ela desaparece.O amor é uma neblina que dissipa na aurora da realidade.

Shakespeare em A Midsummer Night’s Dream:

          O amor não vê com os olhos, mas com a mente.

Ambrose Bierce, com o escárnio característico de The Devil’s Dictionary:
          Amor, n. Insanidade temporária que pode ser curada pelo casamento.
Katherine Hepburn em Me: Stories of My Life:

          O amor não tem nada a ver com o que você espera receber – apenas com o que você espera dar – que é tudo.

 
Katharine Hepburn, referindo-se ao seu relacionamento com Spencer Tracy: “O amor não tem nada a ver com o que você espera receber – apenas com o que você espera dar – que é tudo”.

O filósofo e matemático Bertrand Russell, com grande sensatez, em The Conquest of Happiness:

          De todas as formas de cautela, a cautela no amor é possivelmente a mais fatal para a verdadeira felicidade.

Fiodor Dostoievski, em The Brothers Karamazov:

          O que é o inferno? O tormento da impossibilidade de amar.

O evolucionista Richard Dawkins em uma carta para sua filha, na qual explica a importância de evidências na ciência e na vida:

          As pessoas às vezes dizem que devemos acreditar em sensações íntimas, senão você nunca teria certeza de coisas como “Minha esposa me ama”. Mas esse é um argumento ruim. Pode haver muitas provas de que alguém ama você. Durante todo o dia em que você está com alguém que a ama, você vê e ouve pequenas provas, e elas se somam. Não é somente uma sensação interior, como a sensação que os padres chamam de revelação. Há outras coisas para apoiar a intuição: olhares, um tom carinhoso de voz, pequenos favores e gentilezas; tudo isso serve de prova.

Paulo Coelho em The Zahir: A Novel of Obsession:

          O amor é uma força selvagem. Quando tentamos controlá-lo, ele nos destrói. Quando tentamos aprisioná-lo, ele nos escraviza. Quando tentamos entendê-lo, ele nos deixa perdidos e confusos.

James Baldwin em The Price of the Ticket: Collected Non-fiction, 1948-1985:
          O amor não começa e termina do modo que pensamos. O amor é uma batalha, o amor é uma guerra; o amor é crescimento contínuo.

Haruki Murakami em Kafka on the Shore:

          Qualquer um que se apaixone procura por seus próprios pedaços perdidos. Então as pessoas apaixonadas se entristecem quando pensam naqueles que amam. É como entrar em um lugar do qual você lembra carinhosamente, um lugar que não frequenta há muito tempo.

Antoine de Saint-Exupery em Airman’s Odyssey: Night Flight/Wind Sand & Stars/Flight to Arras:

          O amor não consiste em fitar um ao outro, mas em olhar juntos na mesma direção.

Honoré de Balzac, grande conhecedor das mazelas do amor, em Physiologie Du Mariage:

          Quanto mais julgamos, menos amamos.

Louis de Bernières em Corelli’s Mandolin:

          O amor é uma loucura temporária. Ele surge como um terremoto e então se acalma. E quando ele se acalma, você tem que tomar uma decisão. Você tem que descobrir se suas raízes tornaram-se tão interligadas que é inconcebível separá-las. Porque isso é o que é o amor. O amor não é o não conseguir respirar, não é a excitação, não é a promulgação das promessas de paixão eterna. Isso é apenas ‘estar apaixonado’, algo do qual qualquer um de nós pode se convencer de ‘estar’. O amor em si é o que sobra quando estar apaixonado já se dissolveu, e isso é igualmente uma arte e um fortuito incidente.

E.M. Forster em A Room With a View:

          O amor pode ser transformado, ignorado, confundido, mas jamais retirado. Eu sei por experiência que os poetas estão certos: O amor é eterno.
A romancista inglesa Iris Murdoch, citada pelo célebre Milton Glaser em How to Think Like a Great Graphic Designer:

          Amar é descobrir, com grande dificuldade, que algo além de você é de verdade.

Mas a frase mais sincera, senão a mais simples de todas, vem de Agatha Christie, que em sua autobiografia escreveu:

          É um pensamento curioso, mas apenas quando vemos as pessoas em situações realmente ridículas é que nos damos conta do quanto as amamos."

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Marcos Imperial

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