O diretório nacional do PT fez as contas: PSDB, DEM e PSB receberam, juntos, R$ 160,7 milhões de empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato. O Partido dos Trabalhadores afirma ainda que o valor não inclui doações efetuadas para o segundo turno, cujo prazo de prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se encerra na próxima semana.
As doações
contribuíram para eleger candidatos tucanos como os governadores Geraldo
Alckmin (SP) e Beto Richa (PR) e os senadores José Serra (SP), Álvaro Dias
(PR), Antônio Anastasia (MG).
Segundo os petistas, o “clube”
formado pelas empreiteiras acusadas de integrar o esquema de corrupção
denunciado à Justiça pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, no
âmbito da operação Lava Jato da Polícia Federal, repassou R$ 160,7 milhões aos
principais partidos de oposição ao governo federal no Congresso Nacional. Do
total, R$ 129,34 milhões foram destinados ao PSDB, R$ 15,85 milhões ao DEM e R$
15,57 milhões, ao PSB.
O “clube”, como
os próprios membros se autodenominam nos grampos autorizados pela Justiça é
formado por dez empresas investigadas por formação de cartel destinado a
controlar as obras da estatal em projetos de expansão e construção de polos
petroquímicos, refinarias e extração de petróleo.
Além das
construtoras Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Iesa, Engevix e Toyo Setal, o
grupo reconhecia dentro do próprio esquema uma hierarquização que classificava
como “VIP” as suas comparsas Camargo Correa, UTC, OAS, Odebrecht e Andrade
Gutierrez, consideradas as maiores do país.
O “clube”
também financiou candidaturas tucanas derrotadas à Presidência e governos
estaduais, como as do senador mineiro Aécio Neves e Pimenta da Veiga, que
concorreu e perdeu o governo de Minas para o petista Fernando Pimentel.
Os recursos
financiaram, ainda, a candidatura da ex-senadora Marina Silva (PSB), sucessora
dos recursos destinados ao falecido ex-governador pernambucano Eduardo Campos,
candidato socialista morto em 13 de agosto na queda do avião Cessna Citation em
Santos (SP), em que viajava para compromissos eleitorais no Guarujá.
Valor parcial – Para obter os dados relativos ao repasse de financiamento
eleitoral, a Agência PT de Notícias fez minucioso levantamento no sistema
compulsório de prestação de contas de partidos e candidatos, disponível na
página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na internet. Os dados ainda não são
definitivos e podem ser ainda maiores. As doações aos candidatos que foram ao
segundo turno, como Aécio Neves, são apenas parciais. Referem-se aos valores
efetivamente repassados antes de 5 de outubro, data do primeiro turno de
votação.
O valor de R$
160,7 milhões diz respeito apenas às doações aos partidos, que são apresentadas
destacadamente dos valores repassados individualmente a cada candidato. Desse
subtotal ainda não constam as doações do segundo turno das eleições realizadas
em 26 de outubro, cujo prazo para prestação de contas à Justiça Eleitoral
encerra-se na próxima terça-feira, dia 25, exatos 30 dias após o término do
pleito.
Apesar disso,
os dados mostram que as construtoras Odebrecht e OAS doaram R$ 2 milhões cada
uma ao candidato tucano apenas na primeira etapa da eleição. Individualmente,
Aécio Neves recebeu doações totais de quase R$ 40,7 milhões até o dia 2 de
setembro, última prestação relatada pelo TSE na web.
O maior
arrecadador do grupo oposicionista é o PSDB. Ao diretório nacional foram
destinados pouco mais de R$ 165 milhões e, ao comitê presidencial, R$ 140,6
milhões. O partido foi a quem o ”clube” destinou maior volume de dinheiro para
campanha: pouco mais de R$ 78 milhões, ou cerca de 55% dos recursos de
financiamento ao candidato à Presidência.
O DEM aparece
em segundo lugar, com pouco mais de R$ 53 milhões de arrecadação total, sendo
que R$ 15,8 milhões saíram do “clube”. Como não tinha candidato próprio ao
Planalto, não há registro de doações ao comitê presidencial do partido.
Já PSB recebeu
quase R$ 36 milhões em doações até o primeiro turno, segundo o TSE. Cerca de
40% do total, ou seja, R$ 15,57 milhões, tiveram origem no “clube”, sendo R$
10,6 milhões registrados em nome do diretório nacional e os demais R$ 4,95
milhões no comitê presidencial.
Com informações da Agência PT.
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Marcos Imperial