Novos escravos são 21 milhões
Pelo menos 21 milhões de seres humanos no planeta
sofrem novas formas de escravatura, denunciaram no dia 1 de dezembro,
especialistas das Nações Unidas em direitos humanos, considerando que é
necessário vontade política para combater o flagelo.
Entre as formas mais comuns desta escravatura dos
tempos modernos conta-se o trabalho nas minas e explorações agrícolas, a
exploração sexual e vários trabalhos na economia paralela.
As mulheres e crianças do sexo feminino
representam a maioria dos que se encontram em situação idêntica aos antigos
escravos, afirmou a relatora especial para as Formas Modernas de
Escravatura, Urmila Bhoola, ao apresentar uma declaração a propósito do
Dia para a Abolição da Escravatura, que se assinalou no dia 2.
Na declaração conjunta subscrita pela relatora
Bhoola, pelo relator especial para a Venda e a Exploração Sexual de Crianças,
Maud de Boer-Buquicchio, e pela relatora especial para o Tráfico de Pessoas,
Grazia Giammarinaro, exige-se que os estados cumpram as suas obrigações face às
leis internacionais sobre direitos humanos e se empenhem mais para eliminar o
flagelo da nova escravatura. Os três especialistas pedem ainda que as
negociações em curso para fixar a agenda de desenvolvimento sustentável após
2015 tenham em conta a erradicação deste flagelo.
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Marcos Imperial