Perfuração de poço na Bacia de Sergipe chega a 6.060 metros, o mais
profundo em costas brasileiras; jazida produz petróleo leve, com maior preço de
mercado.
Ao concluir a perfuração de poços de petróleo
em águas ultraprofundas na Bacia de Sergipe, a Petrobras bateu um novo recorde
de profundidade marítima na costa brasileira. É o que a estatal acaba de
anunciar em seu blog na internet, nesta quarta-feira, 29.
A perfuração do poço alcançou a profundidade
de 6,06 mil metros e – o que torna a descoberta mais significativa –, os testes
confirmaram a presença de óleo leve, a uma distância de 94 quilômetros (km) da
capital do estado, Aracaju.
O termo “leve”, utilizado por geólogos e
produtores, designa o petróleo de melhor qualidade, que alcança maior valor de
mercado. Ele se caracteriza pela baixa densidade, menor consistência e
por escorrer livremente à temperatura ambiente, ao contrário do óleo pesado,
mais parecido com graxa.
Nos padrões do setor petrolífero, quanto mais
leve o petróleo, mais caro, pois tem utilização na extração de derivados
nobres, como a nafta petroquímica, gasolina e gás.
Já o óleo denso é destinado a produção de
produtos mais baratos no mercado, como óleo combustível. A importância do
anúncio é que o Brasil tem ocorrência predominante de jazidas do “pesado”, de
custo mais caro por exigir aplicação de mais tecnologia.
Para baratear o refino, a estatal brasileira
importa o leve e mistura com o produto nacional. Por isso, o sonho de todo
produtor de petróleo é obter uma produção predominantemente de matéria prima
com menor densidade.
Segundo a Nota das Petrobras, “este é o
terceiro poço de extensão na área de Moita Bonita, descoberta em agosto de
2012, e integra o projeto exploratório da Bacia de Sergipe-Alagoas em águas
profundas”.
A estatal esclarece também que o bloco onde
encontrou o petróleo leve é 100% de sua propriedade e que o plano de avaliação
de descoberta (PAD) prossegue.
Por Márcio de Morais, da Agência PT
de Notícias.
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