Em matéria (manchete) veiculada neste domingo no Novo Jornal, o
deputado estadual Fernando Mineiro (PT) reiterou que o PT estadual não pedirá e
nem aceitará doações de empresas para suas campanhas eleitorais. A decisão
segue resolução divulgada recentemente pela Executiva Nacional que proíbe a
recepção de doações de empresas.
De
acordo com a reportagem, Mineiro não se incomoda com a possibilidade de ficar
financeiramente em desvantagem com relação aos seus possíveis concorrentes nas
eleições municipais. Por enquanto, o PT é o único partido que tomou a
iniciativa de promover eleições sem ajuda financeira de empresas.
“Nós
vamos cumprir essa decisão, é uma decisão acertada. Acho até que seja uma
atitude benéfica para nosso projeto para 2016. Mostra o comprometimento e a
intenção prática de afastar qualquer possibilidade de corrupção”, disse
Mineiro. Ele acredita que não sentirá diferença comparando-se às eleições de
2012, quando conseguiu terminar o pleito em terceiro lugar e quase foi levado
ao segundo turno.
Nas
últimas eleições municipais, segundo declarou à Justiça Eleitoral, Mineiro
disputou a prefeitura com um orçamento de R$ 394,5 mil, bem menos que seus os
três adversários que mais gastaram na campanha, como Carlos Eduardo (PDT), que
declarou um gasto de R$ 3 milhões, com doações recebidas de pessoas físicas,
dos diretórios nacional e estadual, além de algumas empresas como o shopping
Via Direta, a Guararapes Confecções e a ATP Engenharia.
Os
outros que gastaram mais que Mineiro também receberam algumas doações de
empresas. Hermano Moraes disse ter gasto R$ 8,209 milhões e entre as poucas
empresas doadoras estão gráficas, o grupo Votorantin e o Banco Itau. Rogério
Marinho também recebeu doações de empresas, apesar de poucas. Gastou pouco mais
de R$ 1 milhão e entre as doadoras está a Praiamar Empreendimentos.
Já
Fernando Mineiro declarou ter recebido a maior parte dos R$ 394,5 mil que usou
na campanha em 2012 do Comitê Financeiro Municipal e dos diretórios estadual e
municipal, sem nenhuma empresa doadora. “Não vai mudar nada para mim. Já adotei
esta iniciativa em 2012 e fiz minha campanha sem empresas ajudando. Agora vamos
apenas implementar o que já vem sendo feito”, disse Mineiro.
Em 2014,
quando conseguiu se reeleger deputado estadual, Mineiro também não contou com
ajuda de empresas, segundo informações da Justiça Eleitoral. Ele gastou R$ 228
mil recebendo recursos da Campanha do presidente do partido no estado, Eraldo
Paiva, para deputado Federal; da campanha do hoje governador Robinson Faria (R$
50 mil); da direção nacional do PT (95 mil), dele próprio e de pessoas físicas.
Medida contribuirá para
sobrevivência do PT
A
senadora Fátima Bezerra defende que a resolução anunciada e divulgada pelo
presidente nacional do PT, Rui Falcão, no último dia 17 de abril, proibindo os
petistas de receberem doações de empresas privadas, é coerente com o que já
defende dentro do projeto de uma reforma política democrática e vai contribuir
para a sobrevivência do partido. “O que pretendemos agora para a sobrevivência
do partido é revitalizar a contribuição voluntária, individual dos nossos filiados,
simpatizantes e amigos”, disse.
Este foi
o caminho apontado pelo presidente nacional da legenda, Rui Falcão, quando
disse que o partido passará a estudar novas formas de financiamento em
substituição às doações de empresas privadas, que representam parcela
representativa da arrecadação de fundos da legenda. Entre essas formas, está o
estímulo às contribuições voluntárias individuais de filiados e simpatizantes.
A Resolução ainda será referendada no 5º Congresso Nacional do PT, que ocorrerá
entre os dias 11 e 14 de junho, em Salvador.
A
reportagem procurou o atual prefeito Carlos Eduardo, que preside o PDT e
prefere não se posicionar sobre financiamento de campanha no momento. Ele diz
que está acompanhando à distância as discussões em torno da reforma tributária
e desta proposta.
Confira a reportagem completa
do jornalista Cláudio Santos. Via Novo Jornail
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Marcos Imperial