quarta-feira, 8 de julho de 2015

Governo investe na preservação do emprego dos brasileiros

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Desde que a convenção tucana assumiu o golpismo, os movimentos sociais se uniram, a presidente Dilma saiu da toca, e governadores, ministros e parlamentares da base aliada passaram a apoiá-la explicitamente em um discurso uníssono de que qualquer tentativa para tirá-la do poder será vista como "golpe"; por um longo tempo sem se manifestar diretamente sobre o tema, Dilma reagiu energicamente nesta terça-feira (7); "As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou. Não tem base para eu cair", afirmou em entrevista à Folha.

247 – Com a ameaça de golpe acentuada no último domingo, durante a convenção nacional do PSDB, os tucanos provocaram uma reação contrária, provavelmente desconsiderada em um cenário em que o governo reagia timidamente a ataques e acusações e que a presidente Dilma Rousseff sequer comentava ofensas contra ela.

Liderado pelo senador Aécio Neves, reeleito presidente da legenda na convenção, o discurso plural do golpe uniu movimentos populares, governadores, ministros e parlamentares em defesa da presidente, que finalmente saiu da toca nesta terça-feira, em uma entrevista em que chama os golpistas para a briga.

Nesta segunda-feira, o vice-presidente Michel Temer classificou como "impensável" um impeachment de Dilma. O ministro Pepe Vargas, dos Direitos Humanos, afirmou que "não há base política nem jurídica para o impeachment" e que qualquer tentativa nesse sentido seria "golpe".
Em uma entrevista no início do dia, o ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, afirmou que "é de um profundo despudor democrático e de um incontido revanchismo eleitoral falar em impeachment da presidente como têm falado alguns parlamentares da oposição".
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, foi ao Twitter protestar contra o que chamou de estratégia de "tapetão" da oposição. "Perderam no voto e agora querem ganhar no tapetão. Fora golpistas! Democracia neles!", escreveu.
No Congresso, os discursos continuam até esta terça-feira, partindo de líderes do governo como o deputado José Guimarães (PT-CE), que exclamou: "Querem governar o Brasil? Ganhem primeiro a eleição. A democracia tem regras. Qualquer coisa fora disso é uma ameaça ao Estado Democrático de Direito".
A bancada do PT na Câmara divulgou uma nota, assinada pelo líder Sibá Machado (PT-AC), acusando o PSDB de ter vestido a camisa do golpismo e destacando que ficará "atenta e mobilizada para frear quaisquer tentativas" de tirar Dilma do poder.
Alguns governadores também se uniram em apoio à presidente, como Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão – "impopularidade não legitima cassação", disse –, Rui Costa (PT), da Bahia, para quem é "é inaceitável" qualquer tentativa de golpe. "Eleição se decide nas urnas", disse.
Outros nomes, como o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e o tucano Geraldo Alckmin, de São Paulo, já haviam rechaçado a tese de impeachment em outras ocasiões. "Toda discussão deve ter elementos. Eu não conheço esses elementos que possam motivar a tamanho extremo", comentou Câmara.
Nesta terça, pela quinta vez em cerca de um ano, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) – cujo discurso destoa de outros tucanos que seguem Aécio na pregação do golpe – jogou água fria na fervura do golpismo e disse que não cabe aos governadores do partido entrar nessa discussão.
Sem necessariamente defender Dilma, alguns colunistas da imprensa tradicional, como Jânio de Freitas, Ricardo Melo e Marcos Augusto Gonçalves, levantaram a voz em favor da democracia e contra qualquer estratégia do PSDB que vise tirar a presidente do comando do País.

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Marcos Imperial

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