Jaime
Calado continua dando as cartas na Câmara de Vereadores. Proposta que tinha
como objetivo proibir que o município contratasse empresas que doaram dinheiro
a partidos políticos e candidatos foi arquivada pelo executivo.
“Há
um interesse obscuro da gestão de receber dinheiro dessas empresas”. A frase
dita pelo vereador Eraldo Paiva (PT) durante sessão desta terça-feia, 30, na
Câmara de Vereadores de São Gonçalo, se refere ao veto do executivo a um
Projeto de Lei do vereador Nonato Queiroz (PROS).
A
proposta tinha como objetivo proibir que a administração pública municipal,
direta e indireta, contratasse o serviço de empresas que efetuaram doações a
partidos políticos e candidatos pelo período de quatro anos após a doação.
Há
dois meses, após ser submetido ao plenário e aprovado pelos vereadores, o PL
foi encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça, que também o aprovou
sem ressalvas. Mas a mesma comissão, que é presidida pelo vereador Valban
Tinoco, que tem como relatora a vereadora Valda Siqueira (PR) e como membro o
vereador Tarcísio Fernandes (PSB), mudou o parecer após receber o veto do
prefeito Jaime Calado que alegou inconstitucionalidade.
O
autor do projeto, Nonato Queiroz não vê inconstitucionalidade no projeto, que
não contraria nem a Lei das Licitações e também não mexe na legislação
eleitoral, já que não há nenhuma proibição às doações de pessoas jurídicas a
partidos ou candidatos. O PL estabelecia, tão somente, critérios para a
contratação de empresas. As que doassem para candidatos em campanha ou partidos
ficariam impossibilitadas de fechar contratos com o Município por quatro anos
após a doação. “Se foi aprovado em Mossoró, e sancionado, porque aqui seria
diferente?”, questionou Nonato.
Mas,
apesar das argumentações de Nonato e Eraldo o veto do executivo foi mantido
pela Câmara.
Apenas
Nonato, Eraldo, Chanxe Dantas, Adelson Martins e o próprio Tarcísio Fernandes –
que integra a Comissão mas foi voto vencido -, votaram contra o veto do
prefeito. Todos os outros parlamentares, com exceção de Alexandre Cavalcanti
que está em Brasília (DF), seguiram o veto do prefeito.
A
decisão do executivo caminha na contramão do que vem sendo praticado em outros
municípios país afora, onde se está tentando moralizar as relações entre o
poder público e o setor privado, através de medidas legais que preservem o
interesse da coletividade e combatam a corrupção.
Esta
foi mais um derrota de Nonato que, desde que migrou para a oposição, já apresentou
mais de 60 projetos na Casa de Leis. Poucos passaram pelo crivo de Jaime
Calado. Ou foram considerados dispendiosos para os cofres públicos ou
inconstitucionais. A matéria foi arquivada.
Via http://falarn.com/jaime-calado-veta-lei-que-proibe-contratar-empresas-que-deram-dinheiro-para-politicos/#sthash.MHW9qWrR.dpuf
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Marcos Imperial