A defesa do ex-presidente classifica a
reportagem de capa da revista desta semana como "repugnante" e aponta
"absoluta ausência de elementos que possam lhe dar suporte".
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ingressou com ação judicial nesta
quarta-feira (29) contra a revista “Veja” por danos morais. A ação é
direcionada aos responsáveis pela matéria de capa da publicação desta semana,
no qual insinua que o petista foi citado em suposto depoimento de delação
premiada de José Adelmário Pinheiro, executivo da OAS, preso na Operação Lava
Jato.
A
reportagem foi desmentida pela OAS, no sábado (25). “Sobre a reportagem da Veja
deste final de semana, José Adelmário Pinheiro e seus defensores têm a dizer,
respeitosamente, que ela não corresponde à verdade. Não há nenhuma conversa com
o MPF sobre delação premiada, tampouco intenção nesse sentido”, disse a empresa
por meio de nota.
A defesa do
ex-presidente, por meio de nota, classifica a reportagem como “repugnante” e
aponta “absoluta ausência de elementos que possam lhe dar suporte”.
“A
reportagem repete práticas comuns a VEJA: mente, faz acusações infundadas e sem
provas, apresenta ilações como se fossem fatos, atribui falas e atos, não tem
fontes e busca atacar, de todas as formas, a honra e a imagem do ex-presidente
Lula”, afirma a nota.
Na ação, os
advogados de Lula argumentam ainda que, de acordo com jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça, “a liberdade de comunicação e de imprensa
pressupõe a necessidade de o jornalista e/ou o veículo pautar-se pela verdade”.
Leia a nota
na íntegra:
“NOTA À
IMPRENSA
Lula aciona
a Justiça contra mentiras de VEJA
São Paulo,
29 de julho de 2015,
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta quarta-feira (29) com ação
judicial por reparação de danos morais contra os responsáveis pela matéria de
capa da revista VEJA desta semana.
São alvos da
ação Robson Bonin, Adriano Ceolin e Daniel Pereira, que assinam as reportagens
de capa da edição 2.436, que chegou às bancas em 25 de julho passado, além do
diretor de redação Eurípedes Alcântara.
“O texto é
repugnante, pela forma como foi escrito e pela absoluta ausência de elementos
que possam lhe dar suporte”, destacam os advogados de Lula na ação. A peça
reafirma também que, de acordo com jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça, “a liberdade de comunicação e de imprensa pressupõe a necessidade de o
jornalista e/ou o veículo pautar-se pela verdade”.
A reportagem
repete práticas comuns a VEJA: mente, faz acusações infundadas e sem provas,
apresenta ilações como se fossem fatos, atribui falas e atos, não tem fontes e
busca atacar, de todas as formas, a honra e a imagem do ex-presidente Lula.”
Da Redação da Agência PT de Notícias
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Marcos Imperial