Foto Divulgação.
Apenas
os vereadores Nonato Queiroz, Alexandre Cavalcanti, Eraldo Paiva, Tarcísio Fernandes, Edmilson Gomes e Geraldo Veríssimo não foram no café da manhã, intimado pelo prefeito Jaime Calado, que administra a cidade de São Gonçalo do
Amarante, RN, há sete anos.
Os
demais parlamentares compareceram ao encontro realizado na manhã desta
quinta-feira, 30, para organizar um boicote à audiência pública onde os
moradores da cidade vão opinar se querem ou não que a prefeitura realize a
contratação de mais de 100 cargos comissionados, secretarias e autarquias que
vai gerar uma despesa equivalente a R$ 3,5 milhões por ano aos cofres da
prefeitura.
Depois
da audiência, o Projeto de Lei deve passar por três votações na Câmara, podendo
ser aprovado ou não. Os cargos além de aumentar as despesas do município podem
servir para acomodação política e eleitoral.
O
encontro entre os vereadores e o prefeito ocorreu em um hotel em Ponta Negra,
horas antes da sessão legislativa na Câmara, agendada para as 18h desta quinta.
A
estratégia do grupo politico ligado ao poder executivo municipal é esvaziar o
evento e com garantias eleitorais e políticas, evitar um número grande de
vereadores da situação na Audiência. A ideia é não permitir que a Câmara
libere a sala de sessões para o debate.
Com
o esvaziamento, os parlamentares ligados ao prefeito poderão argumentar que não
participaram da audiência e votar, portanto, a favor da lei que cria os
cargos e as despesas.
Na
sessão legislativa desta quinta-feira, 30, o cidadão vai perceber que não é
apenas Adelson Martins e Nino Arcanjo que estão com medo da realização da
audiência pública e por isso fazem manobras para impedir o evento. Tanto Nino
como Adelson são os principais articuladores da tentativa de impedir as
discussões.
Na
sessão na Câmara de terça-feira, 28, Nino, que está no seu quinto mandato,
portanto há quase 20 anos no legislativo, disse que “toda vez que tiver que aprovar algo
se fizer audiência pública é melhor sair dessa cadeira e chamar o povo, o
pessoal do sindicato”. Segundo o vereador não havia necessidade de
se consultar o povo.
“Não
é cabível. Nunca houve isso em São Gonçalo. Nunca”, alfinetou o
vereador que está de malas prontas para sair do PROS e ir por PR de Jaime
Calado mas ainda não recebeu o aval do prefeito para ingressar na sigla.
Raimundo
Mendes rebateu, assegurando a realização do evento na Casa de Leis: “Eu
nunca fui presidente (da Câmara). Tó sendo agora. Se o senhor souber o objetivo
de uma audiência Pública talvez o senhor vote a favor”.
O
vereador Pastor Edimilson questionou se os colegas contra estavam com receio do
povo. “Tá
com medo do povo? Você quer proibir o povo de ir pra Câmara?”.
Já
Eraldo Paiva parabenizou Raimundo Mendes que, segundo as palavras do petista, “teve
a coragem de propor essa audiência pública. A Câmara cumpre seu papel. Não
podemos ter medo de dialogar projetos e ações do legislativo”.
Alexandre
Cavalcanti também defendeu o direito da participação popular. “Não
é de se estranhar, em tempo algum, a presença do povo nesta Casa. Nosso patrão
é o povo de São Gonçalo. Os contribuintes deste município são diretamente
interessados. O povo é quem paga a festa”.
Audiência
Pública ficou agendada para o dia 05 de agosto, quarta-feira, a partir das 9h,
no plenário da Câmara de Vereadores de São Gonçalo do Amarante.
Cientes
da tentativa de boicote, as lideranças de bairro e movimentos de categoria já
estão se articulando. Eles providenciam tendas e carros de som e garantem que
vão fazer muito barulho na audiência para impedir que o projeto que gera
despesas seja aprovado pelo legislativo. Via http://falarn.com/
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Marcos Imperial