sexta-feira, 24 de julho de 2015

Uma manhã literária com o escritor e professor Juliano Siqueira no Mercado de Petrópolis no dia Nacional do Escritor

Foto do página oficial do professor Juliano Siqueira

POR HENRIQUE ARRUDA,
DO NOVO JORNAL.

O Mercado Público de Petrópolis, em Natal, será palco neste sábado (25), Dia Nacional do Escritor, de uma manhã literária com o escritor e professor Juliano Siqueira, que vai bater um papo com os presentes sobre a vida e a obra do seu pai, Esmeraldo Siqueira (1908 -1987). Médico, professor, escritor e crítico literário, o homenageado empresta seu nome à Rua da Literatura, uma das várias do mercado. 

Esmeraldo Homem Siqueira nasceu em Vilanova hoje chamada Pedro Velho, em 16 de agosto de 1908, tendo se formado em medicina pela tradicional Faculdade do Recife, em 1933. Atuou como médico nos anos 30 na região do Seridó e em Natal.

No início dos anos 40 e até o final da década de 1970, trabalhou como professor de História Natural e de Língua e Literatura Francesa, respectivamente na Escola Normal e no Colégio Atheneu. Em seguida, ainda no magistério, participou da fundação das primeiras unidades da UFRN, como é o caso das Faculdades de Farmácia, Odontologia e Filosofia.

Intelectual polêmico e contestador, portador de uma vasta cultura científica e humanista, colaborou assiduamente nos jornais A República, Diário de Natal, Correio do Povo e Tribuna do Norte. Homem de temperamento arredio, contrário às reverências aos poderosos e aos círculos de privilegiados, deixou dezenas de livros editados versando sobre temas da literatura clássica europeia, sobretudo francesa, mas também sobre temas da cultura brasileira. 

Do evento no mercado participarão ainda a Livraria da Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); a Sol Negro Edições, com as suas tiragens artesanais, e a jornalista, fotógrafa, pesquisadora e escritora Nathalie Bernardo da Câmara, lançando suas primeiras coleções de camisetas com versos de sua autoria. 

A poetisa define a sua nova proposta de suporte para divulgar os seus poemas como uma necessidade de interagir com o meio ambiente de afetos e afins, temas das coleções: “Num tempo sem fronteiras, deserto de emoções, repleto de miragens, atmosfera selvagem, é preciso acreditar na poética dos abraços e invista em versos vestindo estampas revestidas de poesia”.

O Mercado Público de Petrópolis já oferece atrativos aos seus habitués e visitantes eventuais, como a praça da alimentação, bares, restaurantes e cafés; secos e molhados; sebos; antiquários; ateliês de arte e artesanato; galeria de exposições e a sede do Cineclube local. 

O espaço foi construído no final da década de 1960, durante a gestão do prefeito Agnelo Alves, para substituir o antigo Mercado Público de Natal, destruído em um incêndio. Quando a Câmara Municipal cassou o mandato de Agnelo Alves por pressão do governo militar, em 1968, a responsabilidade de concluir as obras do novo mercado ficou a cargo do vice Ernani da Silveira. 


Desde então, o Mercado de Petrópolis passou por períodos de altos e baixos, sobressaindo-se como um dos principais centros comerciais do bairro e da cidade até encontrar a decadência e abandono em fins da década de 1990. Em anos mais recentes, diversos projetos de revitalização do mercado como espaço cultural vêm sendo realizados periodicamente no espaço. 

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Marcos Imperial

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