Foto do página oficial do professor Juliano Siqueira
POR HENRIQUE ARRUDA,
DO NOVO JORNAL.
O Mercado Público de Petrópolis, em Natal, será
palco neste sábado (25), Dia Nacional do Escritor, de uma manhã literária com o
escritor e professor Juliano Siqueira, que vai bater um papo com os presentes
sobre a vida e a obra do seu pai, Esmeraldo Siqueira (1908 -1987). Médico,
professor, escritor e crítico literário, o homenageado empresta seu nome à Rua
da Literatura, uma das várias do mercado.
Esmeraldo Homem Siqueira nasceu em Vilanova hoje
chamada Pedro Velho, em 16 de agosto de 1908, tendo se formado em medicina pela
tradicional Faculdade do Recife, em 1933. Atuou como médico nos anos 30 na
região do Seridó e em Natal.
No início dos anos 40 e até o final da década de
1970, trabalhou como professor de História Natural e de Língua e Literatura Francesa,
respectivamente na Escola Normal e no Colégio Atheneu. Em seguida, ainda no
magistério, participou da fundação das primeiras unidades da UFRN, como é o
caso das Faculdades de Farmácia, Odontologia e Filosofia.
Intelectual polêmico e contestador, portador de uma
vasta cultura científica e humanista, colaborou assiduamente nos jornais A
República, Diário de Natal, Correio do Povo e Tribuna do Norte. Homem de
temperamento arredio, contrário às reverências aos poderosos e aos círculos de
privilegiados, deixou dezenas de livros editados versando sobre temas da
literatura clássica europeia, sobretudo francesa, mas também sobre temas da
cultura brasileira.
Do evento no mercado participarão ainda a Livraria
da Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); a Sol Negro
Edições, com as suas tiragens artesanais, e a jornalista, fotógrafa,
pesquisadora e escritora Nathalie Bernardo da Câmara, lançando suas primeiras
coleções de camisetas com versos de sua autoria.
A poetisa define a sua nova proposta de suporte
para divulgar os seus poemas como uma necessidade de interagir com o meio
ambiente de afetos e afins, temas das coleções: “Num tempo sem fronteiras,
deserto de emoções, repleto de miragens, atmosfera selvagem, é preciso
acreditar na poética dos abraços e invista em versos vestindo estampas
revestidas de poesia”.
O Mercado Público de Petrópolis já oferece
atrativos aos seus habitués e visitantes eventuais, como a praça da
alimentação, bares, restaurantes e cafés; secos e molhados; sebos; antiquários;
ateliês de arte e artesanato; galeria de exposições e a sede do Cineclube
local.
O espaço foi construído no final da década de 1960,
durante a gestão do prefeito Agnelo Alves, para substituir o antigo Mercado
Público de Natal, destruído em um incêndio. Quando a Câmara Municipal cassou o
mandato de Agnelo Alves por pressão do governo militar, em 1968, a
responsabilidade de concluir as obras do novo mercado ficou a cargo do vice
Ernani da Silveira.
Desde então, o Mercado de Petrópolis
passou por períodos de altos e baixos, sobressaindo-se como um dos principais
centros comerciais do bairro e da cidade até encontrar a decadência e abandono
em fins da década de 1990. Em anos mais recentes, diversos projetos de
revitalização do mercado como espaço cultural vêm sendo realizados
periodicamente no espaço.
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