Os acontecimentos são muitos e as mudanças também.
A contrarreforma contra o povo;
No Brasil a Câmara, sob a liderança de Eduardo Cunha, promove uma contrarreforma política, social e cultural. Apenas para ficar na reforma política, sem esquecer a redução da maioridade e a terceirização, acabaram com eleições a cada dois anos. Agora é a cada cinco anos, sem reeleição. Reduziram o tempo de campanha de 90 para 45 dias e o tempo de campanha no rádio e na tevê de 45 para 35 dias. Tudo na direção do parlamentarismo, como não escondem grande parte do PSDB e Eduardo Cunha. Não querem correr o risco de Lula vencer ou de outro Lula aparecer, só eles podem e devem governar, para isso precisam que o povo fique fora das decisões, entre elas a da escolha do presidente.
Constitucionalizam a doação das empresas privadas, o poder econômico nas eleições, maquiaram a manutenção das doações das empresas, repudiada por 74% dos eleitores, com tetos ridículos e a proibição, apenas na região da obra,de doação de empresas com obras publicas. Uma piada.
A China;
As bolsas da China caíram e subiram, marcando o dia em que a China realmente entrou no mundo da especulação financeira, do crédito fácil, das bolhas e do riscos para sua economia.
Papa Francisco e a Teologia da Libertação;
Na América do Sul, o papa Francisco fez na igreja, de certa forma, uma atualização da Teologia da Libertação, uma volta da igreja católica ao povo e a libertação social. “Digamos juntos de coração: nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhum povo sem soberania, nenhuma pessoa sem dignidade, nenhuma criança sem infância, nenhum jovem sem possibilidades, nenhum idoso sem velhice digna. Sigam a sua luta e, por favor, cuidem muito da Mãe Terra”, foi seu discurso na Bolívia. Os discursos do papa são um guia de inspiração e luta para os pobres e miseráveis de nosso sofrido continente.
Petrobras;
Ainda no Brasil, continua a sanha contra a soberania nacional e a Petrobras. No Senado tivemos uma vitória: o projeto do senador José Serra para desmontar o modelo de partilha, começando por retirar da Petrobras o direito de ser a única operadora com pelo menos 30% do capital dos consórcios do pré-sal, perdeu a tramitação em regime de urgência. Agora é lutar e mobilizar para conquistar uma maioria e derrotar o projeto, que tem como segundo passo a eliminação do conteúdo nacional e depois a liquidação da partilha e da obrigatoriedade de investir os royalties em educação, saúde, meio ambiente e inovação. A disputa pela renda do petróleo e sua propriedade entre as grandes petroleiras e a Petrobras continua.
Implodindo o ajuste;
No mesmo Senado, uma maioria demagógica e populista aprovou a extensão dos reajuste do salário mínimo para os aposentados. A medida, a priori, é mais do que justa. Mas neste momento, na prática, significa uma implosão do ajuste fiscal, assim como outras medidas aprovadas nas últimas semanas no parlamento. Melhor seria, então, rever toda estratégia da política econômica, começando por reduzir os juros, liberar o câmbio, fazendo uma reforma tributária e um pacto nacional pelo crescimento e em defesa da indústria e do emprego.
BRICS;
A boa notícia vem dos BRICS. Apesar da crise nos países que compõem o bloco, os BRICS que se consolidam, com o Banco de Desenvolvimento e o Tratado do Aranjo Contingente de Reservas, um para financiar os investimentos em infraestrutura, outro para proteger os países membros dos movimentos dos mercados financeiros. A reunião do Conselho Empresarial do Bloco foi mais um passo na direção da consolidação dos BRICS, responsáveis por 40% do crescimento mundial, em um momento de queda dos investimentos externos diretos. Mais de 40 projetos de interesse dos países membros na indústria, energia, transporte, logística e tecnologia de informação foram aprovados.
A marcha da insensatez;
Aqui no Brasil, no entanto, continua a sanha golpista da oposição e de certa mídia, a marcha da insensatez. Agora falam em parlamentarismo e antecipação das eleições, brigam entre eles pela cadeira de presidente, estimulam manifestações de rua, apostam na politizacão das decisões do TSE-TCU, que pressionam sem pudor e publicamente, na certeza que agiram com cobertura da midia impunemente. É preciso ir para as ruas e defender a soberania popular e a Constituição, sem medo e com coragem. Nossa resposta deve ser a unidade do PT e de nossos governos e bancadas sob a liderança de Lula, condição para uma ampla frente em defesa da legalidade e da soberania nacional. Ao governo da presidenta Dilma, cabe governar de forma a preservar as conquistas econômicas e sociais dos últimos 12 anos. Via http://www.zedirceu.com.br/
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Marcos Imperial