terça-feira, 11 de agosto de 2015

Mais produção e tarifa real elevam lucro bruto da Petrobras em 26%

Para o presidente da estatal, o resultado é bom diante da enorme queda do preço do petróleo a partir de meados de 2014.

O crescimento da exportação de petróleo e a adoção, desde final do ano passado, da realidade tarifária na política de preços dos combustíveis resultaram no melhor indicador obtido pela Petrobras no balanço relativo ao primeiro semestre deste ano.
Graças aos dois fatores, o lucro bruto da estatal registrou crescimento de 26% no primeiro semestre, alcançando quase R$ 48 bilhões, enquanto o lucro líquido (de quase R$ 5,9 bilhões) recuou 43% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os investimentos totalizaram R$ 36,2 bilhões entre janeiro e junho.
Os resultados foram anunciados no início da noite de quinta-feira (6). A grande amplitude na diferença entre lucro bruto e líquido teve origem numa dívida fiscal de R$ 3,1 bilhões, relativa ao Imposto sobre Operações Financeiras. A dívida vinha sendo contestada há algum tempo pela estatal na Justiça, mas foi finalmente reconhecida e paga. Com isso, o resultado operacional, de R$ 9,5 bilhões, ficou 29% menor que o do trimestre anterior.
O lucro menor traduz, segundo nota da estatal, “o aumento da despesa financeira líquida, o reconhecimento de despesa tributária de IOF e a maior despesa com imposto de renda e contribuição social devido ao provisionamento desses tributos sobre lucros auferidos no exterior, de R$ 1,097 bilhão”.
Para o presidente Aldemir Bendine, o resultado é bom diante da enorme queda do preço do petróleo a partir de meados de 2014, quando o barril valia US$ 120, contra os atuais menos de US$ 50. “Estamos muito satisfeitos”, afirmou o presidente durante a entrevista de anúncio dos resultados financeiros no segundo trimestre, ao lembrar que os números não mostram a “grandiosidade da companha”.
No segundo trimestre, o lucro líquido foi de R$ 531 milhões, queda de 90% em relação ao mesmo semestre anterior. Para a empresa, o trimestre foi afetado pelo pagamento de R$ 1,6 bilhão à Receita Federal por conta de uma autuação relativa a operações com suas controladas no exterior.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias, com informações do G1

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