O relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), apresentou
na noite desta segunda-feira (19) o relatório final da comissão, em que
inocentou de envolvimento no esquema de corrupção da estatal a presidente Dilma
Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-presidentes da
Petrobras José Sérgio Gabrielli e Graça Foster. A leitura do texto foi marcada
por bate-boca
Em
funcionamento desde fevereiro, a comissão encerrará os seus trabalhos no fim
desta semana, após ter sido prorrogada duas vezes. A leitura do relatório
começou na noite desta segunda, mas a expectativa é que a votação ocorra só na
quinta-feira (22).
“Registro
que, nos depoimentos da Operação Lava Jato, não há menção sobre o envolvimento
dos ex-presidentes da Petrobras José Sérgio Gabrielli e Graça Foster ou de
ex-conselheiros da estatal, como a presidente Dilma Rousseff. Também não há nos
autos desta CPI qualquer evidência neste sentido ou ainda em relação ao
ex-presidente Lula ou à presidente Dilma”, justificou Sérgio em seu relatório.
A leitura do relatório chegou a ser interrompida por um bate-boca entre
o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), e o deputado Sílvio Costa
(PSC-PE), que acusou a CPI de “cheirar mal”.
Luiz Sérgio fez a leitura de uma versão resumida do seu relatório e foi
questionado pela deputada Eliziane Gama (Rede-MA), em tom de crítica, se não
haveria nenhum pedido de indiciamento. Ele rebateu e disse que propôs “muitos”.
“Houve muitos e grande parte veio dos sub-relatores”, disse o relator, sem
informar quem será indiciado.
‘Petrobras
vítima de cartel’
Segundo
Luiz Sérgio, a principal conclusão do seu parecer é a constatação de que a
Petrobras “foi vítima de um cartel de fornecedores com a cumplicidade de alguns
maus funcionários”.
Ele
ressaltou, em seu relatório, que o “clube de empreiteiras”, que combinavam a
participação em concorrências da estatal, não surgiu nos governos petistas, mas
“existia desde governos passados”, e disse que a “descoberta do pré-sal, já no
governo Lula, estimulou a cobiça dessas empresas”.
Luiz
Sérgio destacou, ainda, que a corrupção existe em “dois polos”, referindo-se
aos que corrompem e os que são corrompidos, e frisou que vários crimes
praticados na estatal tiveram “motivação da natureza pessoal”, repetindo uma
linha de argumentação que defendeu durante a comissão de que a corrupção não
era institucionalizada, mas partiu de funcionários individualmente.
“O
relatório final da CPI registra que é questionável a tese de que houve
‘corrupção institucionalizada’ na Petrobras. É até injusta essa hipótese, em
particular com os milhares de trabalhadores da empresa”, disse.
E
completou: “É preciso destacar que [o ex-gerente] Pedro Barusco e [o
ex-diretor] Paulo Roberto Costa foram taxativos em seus depoimentos ao
ressaltar que o envolvimento de ambos com vantagens indevidas tinha motivação
pessoal, isentando colegas em vários momentos”. Via G1.
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Marcos Imperial