terça-feira, 20 de outubro de 2015

Olha a cara do povo da Globo. Relator da CPI da Petrobras isenta Dilma, Lula, Foster e Gabrielli

O relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), apresentou na noite desta segunda-feira (19) o relatório final da comissão, em que inocentou de envolvimento no esquema de corrupção da estatal a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-presidentes da Petrobras José Sérgio Gabrielli e Graça Foster. A leitura do texto foi marcada por bate-boca
Em funcionamento desde fevereiro, a comissão encerrará os seus trabalhos no fim desta semana, após ter sido prorrogada duas vezes. A leitura do relatório começou na noite desta segunda, mas a expectativa é que a votação ocorra só na quinta-feira (22).
“Registro que, nos depoimentos da Operação Lava Jato, não há menção sobre o envolvimento dos ex-presidentes da Petrobras José Sérgio Gabrielli e Graça Foster ou de ex-conselheiros da estatal, como a presidente Dilma Rousseff. Também não há nos autos desta CPI qualquer evidência neste sentido ou ainda em relação ao ex-presidente Lula ou à presidente Dilma”, justificou Sérgio em seu relatório.
A leitura do relatório chegou a ser interrompida por um bate-boca entre o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), e o deputado Sílvio Costa (PSC-PE), que acusou a CPI de “cheirar mal”.
Luiz Sérgio fez a leitura de uma versão resumida do seu relatório e foi questionado pela deputada Eliziane Gama (Rede-MA), em tom de crítica, se não haveria nenhum pedido de indiciamento. Ele rebateu e disse que propôs “muitos”. “Houve muitos e grande parte veio dos sub-relatores”, disse o relator, sem informar quem será indiciado.
‘Petrobras vítima de cartel’
Segundo Luiz Sérgio, a principal conclusão do seu parecer é a constatação de que a Petrobras “foi vítima de um cartel de fornecedores com a cumplicidade de alguns maus funcionários”.

Ele ressaltou, em seu relatório, que o “clube de empreiteiras”, que combinavam a participação em concorrências da estatal, não surgiu nos governos petistas, mas “existia desde governos passados”, e disse que a “descoberta do pré-sal, já no governo Lula, estimulou a cobiça dessas empresas”.

Luiz Sérgio destacou, ainda, que a corrupção existe em “dois polos”, referindo-se aos que corrompem e os que são corrompidos, e frisou que vários crimes praticados na estatal tiveram “motivação da natureza pessoal”, repetindo uma linha de argumentação que defendeu durante a comissão de que a corrupção não era institucionalizada, mas partiu de funcionários individualmente.

“O relatório final da CPI registra que é questionável a tese de que houve ‘corrupção institucionalizada’ na Petrobras. É até injusta essa hipótese, em particular com os milhares de trabalhadores da empresa”, disse.

E completou: “É preciso destacar que [o ex-gerente] Pedro Barusco e [o ex-diretor] Paulo Roberto Costa foram taxativos em seus depoimentos ao ressaltar que o envolvimento de ambos com vantagens indevidas tinha motivação pessoal, isentando colegas em vários momentos”. Via G1.

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Marcos Imperial

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