Deputados do Partido dos Trabalhadores (PT)
e da base aliada comemoraram, nesta terça-feira (13), as decisões dos ministros
do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e Rosa Weber de impedir que o
rito de processos de impeachment ocorram com base em normas do regimento
interno da Câmara dos Deputados.
Em resposta a questionamentos do DEM, o
presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estabeleceu uma série de regras
para a tramitação de processos de impeachment. No entanto, há uma legislação
federal que determina as normas.
O deputado Wadih Damous (PT-RJ), entrou com
um recurso contra a questão de ordem em resposta ao DEM. Segundo o parlamentar,
Cunha recebeu a solicitação como questão de ordem e não submeteu ao plenário.
“Por isso eu impetrei o mandado de segurança junto ao STF”, explicou.
No Twitter, o deputado classificou o
posicionamento do Supremo como uma “vitória da democracia”.
Para Paulo Pimenta (PT-RS), a presidência da
Câmara dos Deputados agiu de forma monocrática. “O presidente da Câmara não
pode responder a uma questão de ordem e criar uma espécie de código, como se
ele pudesse criar um rito não previsto em lei”, criticou.
“Isso é usurpar o direito que está na
Constituição e afrontar o Estado Democrático de Direito”, acrescentou.
Para o deputado, com as decisões desta terça,
o STF restabeleceu o quadro de legalidade democrática. “Nós demonstramos que
vamos resistir para impedir qualquer tentativa de golpe. É uma decisão
importante porque demonstra que há uma compreensão semelhante à nossa, de que
não é possível constituir um processo de golpe”, ressaltou.
Em vídeo postado no Facebook, a deputada
federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) citou que a expectativa feita pela grande
mídia é que o golpe institucional estaria em curso a partir desta terça,
“comandado por pessoas sob investigação, que não têm nenhuma autoridade para
tentar condenar uma presidente honesta”.
Para ela, o deferimento das liminares são
“uma enorme vitória” contra o rito inconstitucional. “Não podemos perder a
atenção, pois é apenas uma liminar e precisamos seguir aqui, na luta política e
na luta jurídica para evitar o golpe”, ressaltou. Por Cristina
Sena, da Agência PT de Notícias.
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Marcos Imperial