Humberto:
redução significativa da pobreza no Brasil é resultado das políticas sociais
implantadas por Lula e Dilma. Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT no
Senado
O líder do PT
no Senado, Humberto Costa (PE), ressaltou nesta quarta-feira (14) a redução de
64% da extrema pobreza no Brasil constatada pelo Banco Mundial no período entre
2001 e 2013. O percentual foi registrado a partir da adoção de uma metodologia
mais aperfeiçoada para o cálculo da linha de pobreza. Anteriormente, a
instituição apontava uma queda de 59%.
Em 2003, o
Brasil tinha 14% de pessoas vivendo em condições de extrema pobreza. Hoje, o
índice é inferior a 5%. De acordo com o parlamentar, a significativa diminuição
da pobreza é a maior conquista social da história do país, alcançada graças à
construção de um projeto vitorioso iniciado com Lula e aprofundado por Dilma.
Os dados do Banco Mundial foram divulgados na semana passada.
Em discurso
feito na tribuna do Senado nesta quarta, o senador afirmou que a estratégia de
governar para os mais pobres com o objetivo de fazer do Brasil um país mais
rico deu certo e é reconhecida internacionalmente – apesar de contestada pela
oposição.
“É muito
irônico ouvir de alguns setores, principalmente da elite e de partidos da
oposição, que o PT dividiu o Brasil entre ricos e pobres. Não! Não fomos nós.
Foram cinco séculos de governos dos senhores que fracionaram o país em uns
poucos privilegiados habitando a Casa Grande e milhões e milhões de brasileiras
e brasileiros condenados às senzalas”, declarou.
Ele afirmou
que o PT apenas levantou o espelho quando chegou ao poder em 2003, desagradando
a muitos que não gostaram do reflexo que viram. Para Humberto, desde 1500,
quando os portugueses chegaram ao Brasil, o país esteve mergulhado em um brutal
quadro de desigualdade social.
“Começamos a
governar nos primeiros anos do século 21 e encontramos cerca de 14% da nossa
população vivendo na extrema pobreza. Em 10 anos das administrações Lula e
Dilma, nós conseguimos reduzir esse índice para abaixo de 5%”, observou.
Como atesta o
próprio Banco Mundial, o declínio nos índices de pobreza no Brasil foi mais
rápido e acentuado do que em todos os outros países da América Latina. De
acordo com a Organização das Nações Unidas, que legou ao país um prêmio como
reconhecimento mundial, somente em uma década o país realizou o maior programa
de transferência de renda da história: o Bolsa Família.
Para o
senador, é justamente isso que incomoda muita gente, especialmente as famílias
de oligarcas que sempre estiveram no poder e enxergam a nação como se ainda
existisse um sistema de capitanias hereditárias no país.
“Não tenham
dúvidas que, estivessem eles no governo, todas as políticas sociais passariam
por um severo desmantelamento, retirando o direito de ascensão social de muitos
brasileiros e devolvendo milhões dos que subiram de volta à pobreza extrema”,
afirmou.
Na avaliação
do líder do PT, são muitos os que, por extremo desprezo aos mais pobres,
consideram descartáveis programas como o Bolsa Família, que eles veem como
assistencialismo. Porém, lembrou o parlamentar, os analistas do Banco Mundial
disseram que são justamente “as redes de proteção em vigor no país que deverão
evitar que muitas pessoas voltem para uma situação de pobreza onde se
encontravam” no atual cenário de crise internacional.
Escravos
“Nós
agrilhoamos e supliciamos nossos negros por quase quatro séculos, mas, agora,
muitos acham que cotas são um absurdo, que o que vale é a meritocracia, como se
os brasileiros que passaram 500 anos sem o acesso aos direitos humanos mais
básicos tivessem as mesmas condições de concorrer que aqueles que aqui vivem
muito bem desde que vendíamos pau-brasil”, disse.
O parlamentar
fez questão de registrar que foram os desembolsos com os programas sociais,
apontados pelo Banco Mundial como fundamentais para a redução da desigualdade
no país, que o Tribunal de Contas da União (TCU) manifestou-se contra. “O
parecer do TCU pela rejeição das contas da presidenta Dilma do ano passado foi,
inclusive, muito aplaudido pela oposição” comentou.
Além do
destaque do Banco Mundial às políticas sociais brasileiras, a Organização das
Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) mencionou, nessa terça-feira
(13), o Bolsa Família como um exemplo de sucesso. O programa é citado, entre
várias iniciativas de proteção social de todo o mundo, como muito importante
para a redução da pobreza e da fome.
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Marcos Imperial