Jornalista fez duras críticas ao encontro que o
PMDB realiza nesta terça-feira 17 em Brasília; Ricardo Boechat lembrou que o
PMDB integrou "rigorosamente" todos os governos desde o fim da
ditadura e que assumiu fatias importantes de poder nos governos Lula e Dilma;
"Nossa inflação está sendo pressionada sucessivamente por conta dos
aumentos na tarifa de energia elétrica e isso é obra do Ministério de Minas e
Energia, que esteve nas mãos do PMDB durante os últimos muitos anos",
afirmou; "Essa reunião de hoje é um movimento de traição mais vil que
possa acontecer. Vocês são o maior aglomerado de salteadores que a República
brasileira já viu", criticou.
247 - O jornalista Ricardo Boechat, comentarista
da rádio Band News, fez duras críticas na manhã desta terça-feira, 17, ao
encontro que o PMDB realiza nesta terça, em Brasília, que deve marcar um
primeiro movimento de afastamento gradual do partido da ADMINISTRAÇÃOda
presidente Dilma Rousseff.
Boechat lembrou que o PMDB
integrou "rigorosamente" todos os governos desde o fim da ditadura.
"E não integrou com uma fatiazinha de poder, com um Ministério da Pesca, o
partido sempre teve pastas importantes, estatais, diretorias e fundos de pensão
importantes, detendo uma parcela significativa de poder", afirmou.
E exemplificou: "A nossa
inflação está sendo pressionada sucessivamente por conta dos aumentos na tarifa
de energia elétrica e isso é obra do Ministério de Minas e Energia, que esteve
nas mãos do PMDB durante os últimos muitos anos. O preço dos combustíveis,
comprimido do jeito que foi, quebrando a Petrobras, esteve na mãos do
PMDB", disse Boechat.
"Então, o partido vem
querer dizer agora que não tem nada a ver com a degradação da zona? Não conheço
as moças que trabalhavam aqui? Não me locupletei de seus corpos? Que papo é
esse, PMDB, que conversa fiada é essa? Essa reunião de hoje é um movimento de
traição mais vil que possa acontecer", afirmou.
Ricardo Boechat também
questionou o distanciamento do vice-presidente Michel Temer em relação à
responsabilidade por eventuais erros do governo. "Michel Temer querer
dizer que não tem nada a ver com o que está aí. Ele foi vice-presidente nos
últimos quatro anos. Não chegou Dilma e disse 'generala, essa política
econômica vai dar caca'?", questionou.
O jornalista da Band News
terminou seu comentário com uma frase dura contra o partido. "Vocês são o
maior aglomerado de salteadores que a República brasileira já viu",
afirmou.
Programa de governo
Durante o encontro do PMDB,
organizado pela Fundação Ulysses Guimarães, entre os temas discutidos está o
documento "Uma Ponte ara o Futuro", encarado com o programa de uma
eventual governo do PMDB, que faz duras críticas à política econômica e fiscal
do governo Dilma Rousseff e faz propostas polêmicas, como o fim da política de
valorização do salário mínimo e a desvinculação de receitas para a Saúde e
Educação".
A
ministros petistas, o vice Michel Temer afirmou que o encontro será para
discutir um programa para o país, que poderia ser debatido com o governo Dilma
e, se as ideias peemedebistas não forem adotadas, podem ser um programa de
governo do partido para 2018. O vice disse ainda que a ala que pede a saída do
PMDB do governo é minoritária (leia mais).
PMDB do Rio ignora encontro
Estado
em que o partido é mais forte, caciques do PMDB decidiram não participar de
evento da sigla desta terça. “Tenho a inauguração de uma fábrica de tintas e o
príncipe da Noruega, Haakon”, disse o governador Luiz Fernando Pezão. “Vou não.
Muito trabalho por aqui. Tem uma Olimpíada ano que vem no Rio”, alegou o
prefeito do Rio, Eduardo Paes. Já o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani,
está em Boston, num evento da FACULDADE de
Direito de Harvard (leia mais).
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Marcos Imperial