Djalma Maranhão foi o único prefeito progressista
da história de Natal. Primeiro a ser eleito pelo voto direto em 1960, foi
deposto do seu mandato pela ditadura civil-militar-midiática que se instaurou
no Brasil após o golpe de 1964. Nesta sexta, 27, comemora-se o centenário do
nascimento do gestor que criou a primeira campanha de alfabetização em massa da
capital potiguar, conhecida como “De pé no chão também se aprende a ler”,
inspirada no método do educador Paulo Freire.
O projeto de alfabetização de Djalma Maranhão foi
considerado “subversivo” pelos generais de plantão, o que o levou a ser preso e
expulso do país. Ele ficou exilado no Uruguai, onde, dizem, morreu de saudade.
A campanha “De pé no chão também se aprende a ler” levou educação às comunidades
pobres em acampamentos que eram erguidos em madeira, barro e palha.
A ideia inovadora permitiu que 34 mil estudantes
fossem alfabetizados. Àquela época, Natal era uma “fazenda iluminada”, com
apenas 160 mil habitantes. Djalma Maranhão também criou centros de formação
para qualificação de monitores, orientadores e supervisores para atuarem no
projeto educacional.
O centenário de Djalma Maranhão está sendo lembrado
com uma série de exposições, seminários e homenagens que pretendem resgatar a
sua história, o seu legado e o seu exemplo.
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Marcos Imperial