Alvo da Operação Catilinárias, deflagrada pela
manhã, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teve seu
celular apreendido no mandado de buscas cumprido pela PF em suas residências no
Rio e no DF; a ação foi pedida pela Procuradoria-Geral da República e teve
aval do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki; Cunha é acusado de
envolvimento na Lava Jato e tem contra ele um processo de cassação na Comissão
de Ética sobre suas contas não declaradas na Suíça; senador Édison Lobão é
também alvo da operação, assim como o ministro de Ciência e Tecnologia, Celso
Pansera; como presidente da Câmara, Cunha se aliou ao PSDB e ao DEM para tentar
derrubar a presidente Dilma Rousseff, por meio de um golpe parlamentar; ao
todo, são 53 mandados de busca e apreensão.
247 - Alvo da Operação Catilinárias, deflagrada
pela manhã, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teve
seu celular apreendido no mandado de buscas cumprido pela PF em suas
residências no Rio e no DF; mandados foram autorizados pelo ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, responsável pelas ações
decorrentes da Lava Jato na corte, com relação a sete processos instaurados a
partir das investigações, de acordo com nota da Polícia Federal.
Leia a
reportagem da Reuters sobre o assunto:
A Polícia Federal realiza
ação nesta terça-feira para cumprir mandados de busca e apreensão em
residências do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e
contra dois ministros e outros políticos como parte de uma nova etapa da operação
Lava Jato.
Imagens de TV mostraram
carros e agentes da PF tanto na residência oficial de Cunha em Brasília como na
casa do deputado na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. A
assessoria de comunicação do deputado confirmou que ele estava em sua casa na
capital federal durante a ação policial.
Os mandados foram autorizados
pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, responsável
pelas ações decorrentes da Lava Jato na corte, com relação a sete processos
instaurados a partir das investigações, de acordo com nota da Polícia Federal.
"As buscas ocorrem na
residência de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em
escritórios de advocacia e órgãos públicos", afirmou a PF. Foram expedidos
no total 53 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos Estados de
São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Pernambuco, Alagoas, Ceará e Rio Grande do
Norte.
A operação deflagrada pela PF
nesta terça-feira também teria como alvo, além do presidente da Câmara, os
ministros da Ciência e Tecnologia Celso Pansera, eleito deputado pelo PMDB do
Rio de Janeiro, e do Turismo, Henrique Eduardo Alves, eleito deputado pelo PMDB
do Rio Grande do Norte, segundo uma fonte do STF.
O ex-ministro de Minas e
Energia e atual senador Edison Lobão (PMDB-MA) e o deputado Aníbal Gomes
(PMDB-CE) também seriam alvo da operação da PF, segundo reportagens. A TV Globo
informou que a PF também realiza busca e apreensão na Câmara dos Deputados.
Cunha foi denunciado pelo
Ministério Público Federal por suspeita de participação em irregularidades
investigadas pela operação Lava Jato, que apura um esquema bilionário de
corrupção envolvendo a Petrobras.
Segundo a denúncia
apresentado pelo MPF ao Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha recebeu 5 milhões
de dólares de propina como parte do esquema de corrupção para facilitar e
viabilizar a contratação de um estaleiro pela Petrobras. O deputado nega as
irregularidades.
Além da denúncia de
envolvimento na Lava Jato, Cunha é alvo de um processo no Conselho de Ética da
Câmara que pode resultar na cassação de seu mandato. Ele é acusado de mentir ao
negar na CPI da Petrobras possuir contas bancárias no exterior e, depois disso,
documentos dos Ministérios Públicos do Brasil e da Suíça apontaram a existência
de contas em nome do deputado e de familiares no país europeu.
Está prevista para esta
terça-feira a leitura do parecer do novo relator do processo contra Cunha no
Conselho de Ética, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), após diversos adiamentos e
a troca do relator anterior, Fausto Pinato (PRB-SP), que havia apresentado
parecer favorável ao andamento do processo contra Cunha.
A ministra Rosa Weber, do
STF, negou liminar por meio da qual o PRB, Pinato e outros dois integrantes do
conselho pediam o retorno de Pinato à função de relator.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de
Janeiro; Reportagem adicional de Silvio Cascione, Leonardo Goy e Lisandra
Paraguassu)
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