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Parlamentares, dois ministros
e um ex-ministro – todos do PMDB – são alvos de ação da Polícia Federal (PF)
nesta terça-feira (15). Batizada de Catilinárias, ela faz parte das
investigações da Operação Lava Jato. Policiais fazem buscas e apreensões nas
casas, escritórios e sedes de empresas dos investigados. Veja a seguir as suspeitas
que já tinham sido divulgadas sobre cada um deles. Detalhes dos indícios que
sustentam a operação de hoje ainda não foram informados.
Aníbal Gomes
(PMDB-CE), deputado federal
O deputado é investigado no
Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspeita de participar de reuniões com
empreiteiros para tratar de valores de propinas obtidas em contratos com a
Petrobras. O envolvimento de Aníbal Gomes no esquema foi denunciado pelo ex-diretor
de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. Segundo o ex-executivo, que é
delator da Lava Jato, o deputado era um emissário do senador Renan Calheiros
(PMDB-AL), que dava sustentação política para que Costa continuasse como
diretor da estatal. Na época em que foram
divulgadas as denúncias, Aníbal Gomes negou as acusações e disse que não houve
entrega ou promessa de recursos para ninguém.
Celso Pansera
(PMDB-RJ), ministro de Ciência e Tecnologia
Pansera foi nomeado ministro
na última reforma ministerial promovida pela presidente Dilma Rousseff. Antes
de ser deslocado para a pasta, o peemedebista cumpria mandato de deputado
federal e era um dos principais aliados de Eduardo Cunha na Câmara. Durante as investigações da
Lava Jato, Pansera chegou a ser acusado pelo doleiro Alberto Youssef de ser
"pau mandado" do presidente da Câmara. A assessoria do Ministério da
Ciência e Tecnologia se limitou a dizer que não vai comentar o assunto e que
ainda não fizeram contato com o ministro.
Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados
Cunha já foi denunciado pela
Procuradoria-Geral da República ao STF por corrupção e lavagem de dinheiro,
devido à suspeita de ter recebido pelo menos US$ 5 milhões por contratos de
aluguel de navios-sonda pela Petrobras. O Supremo ainda não decidiu se aceita
ou não a denúncia. Cunha também é alvo de
inquérito que apura suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro em razão de
quatro contas na Suíça atribuídas ao parlamentar. A existência das contas é
apontada em documentação enviada à Procuradoria-Geral da República pelo
Ministério Público suíço. Desde que surgiram as
primeiras suspeitas contra Cunha, o parlamentar sempre negou participação no
esquema de corrupção investigado pela Lava Jato. Sobre as contas no exterior, ele
afirma não ser o titular, e sim "usufrutuário", delas.
Edison Lobão
(PMDB-MA), senador e ex-ministro de Minas e Energia
O dono da construtora UTC,
Ricardo Pessoa, declarou que pagou R$ 1 milhão para o então ministro de Minas e
Energia, Edison Lobão, e detalhou as negociações. As declarações foram feitas
na delação premiada do empreiteiro, durante as investigações da Lava Jato. Pessoa afirmou que procurou
Lobão para pedir que houvesse ingerência política em favor dos interesses do
consórcio responsável pelas obras da usina nuclear Angra 3. A UTC faz parte do
consórcio reponsável pela obra. Na época das denúncias, a
defesa de Lobão informou que Ricardo Pessoa não apresentou provas e que os
depoimentos não possuem qualquer respaldo jurídico.
Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), ex-presidente da Câmara e ministro do Turismo
O ministro teve o nome citado
em acordo de delação premiada da Operação Lava Jato, mas o Ministério Público
Federal entendeu que não havia indícios suficientes para a abertura de
inquérito para investigá-lo. Na época em seu nome veio à tona, ele negou
envolvimento. O ex-diretor de Refino e
Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse em delação que Alves teria
ido duas vezes à sede da Petrobras para pedir a viabilização da construção de
uma unidade de calcificação de petróleo em São Bernardo do Campo (SP). Costa disse também que Alves
participou de reunião na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), para tratar da permanência do ex-diretor na estatal.
Sérgio
Machado, ex-presidente da Transpetro indicado pelo PMDB Em depoimento à Justiça
Federal do Paraná, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto
Costa disse que tinha conhecimento de que a Transpetro repassava propina a
políticos. Ele relatou aos procuradores da República ter recebido R$ 500 mil de
Sérgio Machado, em razão de a diretoria que ele comandava à época ter
participado da contratação de navios para a subsidiária da Petrobras. Ainda segundo o relator, a
propina foi paga em dinheiro na casa de Machado, no Rio. Costa ressaltou no
depoimento que não lembra quando ocorreu o negócio, mas que teria sido entre
2009 e 2010. "[O dinheiro] foi entregue diretamente por ele [Machado], no
apartamento dele no Rio de Janeiro", contou Paulo Roberto Costa. Após as denúncias, Sérgio
Machado se afastou da gestão da empresa para que fossem "feitos os
esclarecimentos" necessários.Via http://www.rdnews.com.br/
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Marcos Imperial