O Supremo Tribunal
Federal acaba de confirmar a liminar concedida pelo ministro Teori Zavascki,
que retirou das mãos do juiz Sergio Moro a investigação sobre os grampos que
atingiram a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula; no dia 17 de
março deste mês, a conversa foi vazada para o Jornal Nacional, potencializando
a crise política e fazendo com que o Palácio do Planalto fosse cercado por
manifestantes; quatro dias depois, Teori determinou o envio das investigações
para o STF e passou até a sofrer ameaças a sua integridade física; nesta
quinta-feira, no entanto, os ministros do STF confirmaram a decisão de Teori e
condenaram as tentativas de intimidação dos ministros do STF; segundo Teori, o
vazamento teve "irreversíveis resultados práticos" e seria importante
também "sustar efeitos futuros"; Teori chegou ainda a falar em
responsabilidade civil, administrativa e criminal do responsável pelos
vazamentos – no caso, o juiz Moro; investigação sobre o ex-presidente Lula deve
ficar, assim, no STF.
247 – O
Supremo Tribunal Federal acaba de confirmar a liminar concedida pelo ministro
Teori Zavascki, que retirou das mãos do juiz Sergio Moro a investigação sobre
os grampos que atingiram a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.
No dia 17 de março deste mês, a
conversa foi vazada para o Jornal Nacional, potencializando a crise política e
fazendo com que o Palácio do Planalto fosse cercado por manifestantes.
Quatro dias depois, Teori determinou o
envio das investigações para o STF e passou até a sofrear ameaças a sua
integridade física – um editor da Globo chegou até a prever uma revolta popular
contra o ministro (leia mais aqui).
Nesta quinta-feira, no entanto, todos
os ministros do STF confirmaram a decisão de Teori e condenaram as tentativas
de intimidação dos ministros do STF.
Segundo Teori, o vazamento teve
"irreversíveis resultados práticos" e seria importante também
"sustar efeitos futuros". O ministro chegou ainda a falar em
responsabilidade civil, administrativa e criminal do responsável pelos
vazamentos – no caso, o juiz Moro.
Dias atrás, o juiz Moro pediu desculpas
ao STF pelo vazamento da conversa entre Lula e Dilma (relembre aqui).
Na sessão do STF, votaram os ministros
Teori Zavascki, como relator, além de Luiz Fachin, Rosa Weber, Luiz Fux, Luis
Roberto Barroso, Carmen Lúcia, Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello, Celso de
Mello e Ricardo Lewandowski – Gilmar Mendes está em Portugal, onde participa de
um seminário.
Em sua fala, Marco Aurélio Mello bateu
duro no vazamento do grampo para o Jornal Nacional. "A divulgação colocou
mais lenha numa fogueira cuja chama já estava muito alta, em prejuízo da nação,
em prejuízo da paz social", disse ele.
Leia, ainda,
reportagem sobre o caso da Reuters:
Por Maria Carolina
Marcello
BRASÍLIA (Reuters)
- A
maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta quinta-feira a
decisão liminar do ministro Teori Zavascki que tirou do juiz federal Sérgio
Moro os processos ligados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na
operação Lava Jato e determinou que os autos fossem enviados ao Supremo.
Oito ministros dos 10 presentes já
concordaram com a maior parte da decisão de Teori, mas o julgamento continua e
até a proclamação do resultado os ministros podem alterar seus votos.
Os ministros do STF decidiram que
caberá ao Supremo definir que trechos dos autos das investigações relacionadas
a Lula devem permanecer no STF e quais devem ser devolvidos a Moro, na primeira
instância. O STF irá definir esse desmembramento após uma manifestação da
Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a questão.
Ao defender sua decisão liminar, o
relator afirmou que cabia ao STF decidir como lidar com as interceptações
telefônicas de conversas do ex-presidente, que incluem áudios de telefonemas
entre Lula e pessoas com prerrogativa de foro, como a presidente Dilma
Rousseff, e ministros de Estado.
Teori também criticou a divulgação
desses áudios, que foi autorizada pelo juiz federal do Paraná Moro, e afirmou
que é “descabida” a alegação de interesse público para a divulgação dessas
conversas.
“Não há como conceber, portanto, a
divulgação... no modo como se operou”, disse o relator. “A essa altura são
irreversíveis os efeitos práticos decorrentes da divulgação”.
Em um dos áudios anexados a um processo
da primeira instância, Dilma avisa Lula que está enviando um emissário com o
termo de posse do ex-presidente na Casa Civil para que use "em caso de
necessidade". O diálogo gerou interpretações de que o documento poderia
ser usado pelo ex-presidente para evitar uma eventual prisão no âmbito da Lava
Jato. Dilma rejeitou essa interpretação e disse ter enviado o termo para que
Lula o assinasse, pois havia risco de ele não poder comparecer à cerimônia de
posse no Planalto.
A nomeação de Lula foi posteriormente
suspensa por decisão liminar do ministro do STF Gilmar Mendes, que não estava
presente no julgamento desta quinta-feira. O plenário do Supremo ainda vai
analisar, sem data definida, a liminar que suspendeu a posse de Lula.
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