quinta-feira, 5 de maio de 2016

CAI EDUARDO CUNHA, O CONDUTOR DO GOLPE

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Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi afastado por liminar do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal; ele perde não só a presidência da Câmara dos Deputados, como o mandato de deputado federal; Teori atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot; citado em diversos escândalos de corrupção e beneficiário de várias contas no exterior, Cunha foi o principal responsável pelo golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff, que coloca em risco a democracia brasileira; com o afastamento, a era Cunha chega ao fim; na peça em que pediu a decisão de Teori, Janot se referiu a Cunha como "delinquente"

Brasília 247 – O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi afastado por liminar do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.
Ele perde não só a presidência da Câmara dos Deputados, como o mandato de deputado federal.
Teori atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na peça, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a classificar o peemedebista de "delinquente".
Citado em diversos escândalos de corrupção e beneficiário de várias contas no exterior, Cunha foi o principal responsável pelo golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff, que coloca em risco a democracia brasileira.
Com a decisão de Teori, era Cunha chega ao fim. Só em um dos escândalos, Cunha foi acusado de receber R$ 52 milhões da Carioca Engenharia. Na delação premiada do senador Delcídio Amaral, ele foi apontado como "menino de recados" do banqueiro André Esteves.

Leia mais na reportagem da Reuters:
Ministro do STF Teori Zavascki afasta Cunha do mandato de deputado
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki afastou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do mandato de deputado federal em decisão liminar concedida nesta quinta-feira, informou o STF.
A liminar foi dada em ação impetrada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em dezembro do ano passado pedindo o afastamento de Cunha do mandato e, consequentemente, da presidência da Câmara.
"Mesmo que não haja previsão específica, com assento constitucional, a respeito do afastamento, pela jurisdição criminal, de parlamentares do exercício de seu mandato, ou a imposição de afastamento do Presidente da Câmara dos Deputados quando o seu ocupante venha a ser processado criminalmente, está demonstrado que, no caso, ambas se fazem claramente devidas", afirmou Teori em seu despacho.
Segundo assessoria de imprensa de Cunha, o presidente já recebeu a notificação da decisão do ministro.
O afastamento de Cunha foi determinado por Teori no mesmo dia em que o plenário do STF tem na pauta julgamento de um pedido do partido Rede Sustentabilidade para afastar Cunha do cargo de presidente da Câmara por estar na linha sucessória da Presidência da República.
O julgamento da ação da Rede deve ser mantido para a sessão das 14h, e Teori também pode levar para a análise do plenário a liminar concedida por ele afastando Cunha do mandato, de acordo com uma fonte do Supremo.
Cunha é réu no STF, em decisão unânime, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro sob acusação de integrar o esquema de corrupção na Petrobras investigado pela operação Lava Jato. Ele é acusado de ter recebido ao menos 5 milhões de dólares de propina.
Em seu pedido de afastamento de Cunha do mandato e da presidência da Câmara, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, alegou que o deputado usa seu mandato para interesse próprio e fins ilícitos, e que o afastamento era necessário para a garantia da ordem pública e regularidades dos procedimento criminais a que Cunha responde no STF.
De acordo com a Procuradoria, documentos apreendidos pela Lava Jato quando a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em residências de Cunha, inclusive a residência oficial da presidência da Câmara, reforçaram as provas já apresentadas pelo órgão contra o parlamentar.

(Por Lisandra Paraguassu; Reportagem adicional de Leonardo Goy, em Brasília, e Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)

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Marcos Imperial

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