Por meio de nota à imprensa, a bancada do PT no
Senado repudiou nova "ação seletiva" do Ministério Público Federal
contra o ex-presidente Lula e membros do governo federal; "Peça
apresentada pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, não tem outra intenção
senão a de disputar protagonismo nesse momento delicado de crise política no
Brasil", diz o texto; senadores afirmam que Janot ignorou as menções
feitas ao vice-presidente Michel Temer pelo senador Delcídio do Amaral; "É
de se estranhar que a mesma delação utilizada para intimidar o ex-presidente
Lula não tenha sido utilizada contra o vice-presidente da República, Michel
Temer, citado inúmeras vezes pelo mesmo delator".
Brasília 247 - A bancada
do PT no Senado repudiou, por meio de nota à imprensa, a nova "ação
seletiva" do Ministério Público Federal contra o ex-presidente Lula e
membros do governo federal.
"Baseada apenas em
hipóteses, induções e suposições de ações anteriores do mesmo Ministério
Público que já foi objeto de censura no Supremo Tribunal Federal, a peça
apresentada pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, não tem outra
intenção senão a de disputar protagonismo nesse momento delicado de crise
política no Brasil", diz o texto. Leia
mais sobre a ação de Janot.
Segundo a bancada petista no Senado, Janot ignorou as menções
feitas ao vice-presidente Michel Temer pelo senador Delcídio do Amaral. "É
de se estranhar que a mesma delação utilizada para intimidar o ex-presidente
Lula não tenha sido utilizada contra o vice-presidente da República, Michel
Temer, citado inúmeras vezes pelo mesmo delator", afirmou.
"Não há uma única prova no pedido de investigação apresentado
– antes, baseia-se unicamente na palavra de um criminoso confesso, que se valeu
da chegada do PT à Presidência da República, para continuar a participar do
esquema de corrupção da Petrobras montado ainda durante a década de 90, durante
os governos de Fernando Henrique Cardoso", afirma o partido.
Leia na íntegra a nota:
"Nota da bancada do PT no Senado acerca da decisão da PGR
A bancada do PT no Senado reitera seu apoio irrestrito ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e expressa seu mais veemente repúdio à
nova ação seletiva contra ele dirigida e a vários de seus companheiros e
membros do governo pelo Ministério Público Federal.
Baseada apenas em hipóteses, induções e suposições de ações
anteriores do mesmo Ministério Público que já foi objeto de censura no Supremo
Tribunal Federal, a peça apresentada pelo Procurador-Geral da República,
Rodrigo Janot, não tem outra intenção senão a de disputar protagonismo nesse
momento delicado de crise política no Brasil.
É de se estranhar que a mesma delação utilizada para intimidar o
ex-presidente Lula não tenha sido utilizada contra o vice-presidente da
República, Michel Temer, citado inúmeras vezes pelo mesmo delator.
Não há uma única prova no pedido de investigação apresentado –
antes, baseia-se unicamente na palavra de um criminoso confesso, que se valeu
da chegada do PT à Presidência da República, para continuar a participar do
esquema de corrupção da Petrobras montado ainda durante a década de 90, durante
os governos de Fernando Henrique Cardoso.
Como já foi dito e repetido dezenas de vezes, o ex-presidente
Lula não participou nem direta nem indiretamente de qualquer dos fatos
investigados na Operação Lava Jato, mesmo depois da devassa a que foi submetida
sua vida e a de vários de seus familiares e amigos.
As atividades, palestras, viagens, assim como contas bancarias
do ex-presidente foram fartamente investigadas, não tendo sido encontrada uma
única prova, um único documento, uma única citação nas listas de depósitos no
exterior de implicados pela Lava-Jato. Nada, absolutamente nada, foi encontrado
de ilegal ou irregular pela Polícia Federal ou pela Receita Federal.
O ex-presidente, como sempre enfatizou, sempre colaborou para o
esclarecimento da verdade, inclusive prestando esclarecimentos à própria
Procuradoria-Geral da República.
Lula não deve e não teme investigações. Essa é a verdade que as
senadoras e senadores do PT corroboram."
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Marcos Imperial