Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal (STF), classificou como "gravíssimo" e uma
"desfaçatez" a instalação de um aparelho de escuta no seu gabinete;
"A gravidade é alguém saber, por antecipação, o que, eventualmente, estou
pensando em fazer em um processo. Fora isso, aqui é um espaço totalmente
republicano, de modo de que não há risco de aparecer qualquer coisa
errada", disse Barroso, ressaltando que costuma escrever em casa, a mão,
os votos.
Ivan Richard, Agência Brasil - O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal
(STF), considerou hoje (17) algo "gravíssimo" e uma
"desfaçatez" a instalação de um aparelho de grampo no seu gabinete. O
aparelho foi encontrado pela Secretaria de Segurança da Corte no dia 11 de
abril, durante uma varredura de rotina.
Segundo o ministro, do ponto de vista pessoal, o grampo não
representa nenhum risco.
"Estou totalmente tranquilo e confortável. Aqui recebo pessoas
em audiência e converso com meus assessores sobre os processos. A gravidade é
alguém saber, por antecipação, o que, eventualmente, estou pensando em fazer em
um processo. Fora isso, aqui é um espaço totalmente republicano, de modo de que
não há risco de aparecer qualquer coisa errada", disse Barroso,
ressaltando que costuma escrever em casa, a mão, os votos.
O ministro informou ainda que o aparelho, escondido dentro de uma
caixa de cabos telefônicos, estava "desativado". Barroso afirmou não
ter ideia de quando o grampo pode ter sido instalado. "Não era uma escuta
ativa. Não tenho a menor ideia do que possa ser. Se alguém disse que isso
estava aí antes de eu tomar posse, não saberia dizer."
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