terça-feira, 20 de setembro de 2016

Em debate na UFRN, Mineiro confirma que é o mais preparado


Mineiro mostrou, mais uma vez, por que é o candidato mais preparado para governar Natal. Com o apoio de diversos estudantes, da militância e da vice, Carla Tatiane (PCdoB), o futuro prefeito conversou sobre as suas propostas em diversas áreas em debate promovido pelo curso de Gestão de Políticas Públicas da UFRN, no auditório da Reitoria, na noite desta segunda-feira (19). O atual prefeito, como de costume, faltou à discussão.

Confira o que Mineiro falou sobre os temas propostos

Saúde mental

É preciso ver a questão da rede de assistência psicossocial, que é bastante precária em Natal. Nós vamos priorizar, nas redes especializadas, a articulação da rede básica com as redes especializadas. E uma delas é a psicossocial, que nós vamos reformatar e buscar atendimento para quem passa por transtornos mentais. É preciso redefinir a rede com novos Caps, em particular ter uma atenção redobrada para o usuário de crack, álcool e outras drogas. O Município é deficiente nessa área, não tem acolhimento. Vamos, ainda, ativar o programa De Volta pra Casa, que é muito interessante, algo que a rede psicossocial tem discutido, e, particularmente, teremos uma política voltada para as famílias e a reinserção do usuário de crack e outras drogas.

Saúde

Precisamos pensar a saúde através de redes articuladas entre si, pensar a rede de atenção básica, as redes especializadas e integrá-las. Natal é uma gestão plena: tem a gestão sobre toda a demanda de saúde da cidade, mas não tem gerência, por exemplo, sobre as redes hospitalares. É como se tivéssemos a implantação do SUS em Natal inconclusa, a reforma sanitária inconclusa, o que é um problema não só da cidade, mas do estado. Nenhum Município assumiu a rede dos hospitais.
No nosso governo, vamos priorizar a questão da rede de atenção básica. Os dados informam que 80% das doenças que acometem a população poderiam ser atendidas pela rede de atenção básica, se funcionasse. Também temos apenas 40, 45% de cobertura da Estratégia de Saúde da Família em Natal, que é precária e não atende regiões importantíssimas. É preciso expandi-la e articular com redes especializadas. E aí entra a questão, evidentemente, dos hospitais. Natal, a rigor, tem um hospital apenas. Precisamos ter controle sobre o conjunto dos serviços ofertados dentro dos hospitais, porque o Município compra o serviço dos hospitais e não tem processo licitatório. Temos que mudar essa realidade.
A questão da saúde não é uma questão dos médicos; é preciso pensar a questão das equipes multidisciplinares dentro da rede. Precisamos redefinir e requalificar o perfil dos hospitais sob a gestão do Município. Tem rede que oferta serviço e o Município paga através de pactuação com outros entes. Nós vamos redefinir o perfil desses hospitais. É preciso ter central de marcação, central de triagem. Precisamos redefinir a relação da rede de assistência básica com essa rede intermediária. Hoje, ao centralizar as UPAs, e nós temos unidades não concluídas, você desarticulou as unidades básicas e jogou a carta em cima dessas redes de urgência e emergência, sem dar conta da demanda como um todo. Tem que articular essa demanda, redefinindo o perfil dos hospitais, e pensar isso à luz da questão metropolitana. É impossível pensar isso e outras áreas sem pensar no caráter metropolitano, achando que o Município vai resolver de forma isolada.

Pessoa com deficiência

Nós temos duas questões que precisam ser pensadas. Primeiro, de maneira estrita, a mobilidade, garantindo que a frota de ônibus seja adaptada às pessoas com deficiência em Natal. É muito alto o percentual de pessoas com deficiência na cidade. A segunda questão, de maneira mais ampla, é das calçadas e o acesso aos serviços. Poucos órgãos públicos de Natal têm garantido o princípio da acessibilidade.

Mobilidade urbana

É uma questão central na cidade. Nós temos um conjunto de proposições, que passa pela questão da integração dos modais, ciclovias e rediscussão com região metropolitana, porque é impossível tratar dessa questão sem articulação. O que estamos optando, nesse primeiro momento da gestão, é por exercer uma política de controle sobre os serviços. Significa o seguinte: você hoje tem a tecnologia que possibilita acompanhar e controlar a qualidade dos serviços sem necessariamente de início criar uma empresa pública.
Porque, o que acontece hoje em Natal? Você não tem licitação. Quando fui vereador, no início dos anos 90, fui o primeiro a entrar com ação na justiça para ter a licitação. E nenhum prefeito fez a licitação, até hoje.
O nosso plano de governo tem um capítulo exclusivo sobre a questão da mobilidade na região metropolitana. Nós levamos muito a sério o plano de governo, ao contrário de alguns candidatos. É um contrato que você faz com a sociedade.

Transporte público

Você não tem controle dos dados que compõem a planilha. Você não tem em Natal nenhum órgão que sabe exatamente quantos são os passageiros, o impacto que tem os alternativos. Qual o impacto do Uber na questão dos transportes? Você tem um conjunto de questões relacionadas, e o Município não tem gestão sobre isso, não tem governabilidade. Tem que usar os mecanismos de gestão, preventivamente controlar e organizar.

Educação infantil

Nós já havíamos assinado online a Carta pela Infância e é um prazer assinar aqui fisicamente. Quero também dizer que a gestão precisará muito dessa rede da Primeira Infância, para discutir o problema da educação infantil. Vamos buscar planejamento para enfrentar o déficit de educação infantil em Natal, que é um dos mais altos do Brasil. Não teve variação, nos últimos anos, no número de vagas na educação infantil em nossa cidade, problema que atinge principalmente os bairros mais pobres.
Temos déficit de cerca de 37 mil crianças fora da creche, não tem vagas. É preciso fazer um estudo específico para ver onde estão as maiores demandas e necessidades e poder minimizar essa questão. Há grandes demandas no Nossa Senhora da Apresentação, que é o maior bairro de natal, Felipe Camarão e Cidade Nova, por exemplo.

Ciclovias e binários

Natal não tem ciclovias, só na Via Costeira, que é do Estado e fora das regras técnicas. Se inventou aqui uma história de pintar as vias de azul. Acho que Natal é a única cidade que tem essas invenções, de ciclofaixas. O uso de bicicletas na Zona Norte, por exemplo, é mais do que o dobro da média nacional. Nós temos um problema na região, que não dá para acessar inter-bairros, e umas ciclovias ajudariam muito.
Eu também penso que é preciso avançar na questão dos binários. Eu acho uma pena quando se faz os binários e não se faz as ciclovias junto. Natal tem as mesmas caixas de ruas há 30, 40 anos, e não tem para onde expandir. Uma das soluções é pensar nos binários.
Fotos: Sarah Wollermann

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá queridos leitores, bem vindo a pagina do Blog Imperial. Seu comentário é de extrema importância para nosso crescimento.

Marcos Imperial

Leia também:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...