Gigantes
tomam medidas para impedir que páginas maliciosas se beneficiem de seu sistema
de publicidade.
São Francisco 15 NOV
2016 - 18:49 BRST.
Google e Facebook declararam
guerra aos sites de Internet que difundem notícias falsas,
que o buscador e a rede social vão impedir que se beneficiem de seus serviços
de publicidade. As notícias falsas, portanto, continuarão aparecendo nas buscas
e poderão ser compartilhadas, mas não poderão obter anúncios por intermédio dos
gigantes do Vale do Silício, o que pode significar sua asfixia econômica.
Nenhuma das duas empresas especificou como identificará os sites mentirosos
contra o quais aplicará estas medidas.
Ambas as corporações tomaram esta
decisão depois que o Facebook foi acusado de ter influído na campanha das eleições presidenciais dos Estados
Unidos com a difusão de informações falsas que, no final, supostamente
favoreceram Donald
Trump.
A mais criticada foi a que afirmava que o papa Francisco havia dado seu apoio
ao candidato republicano. Na sexta-feira, durante uma conferência transmitida
na ferramenta que mais promovem, o Facebook Live, o próprio Mark
Zuckerberg justificou
seu papel durante a campanha: “De tudo o que as pessoas publicam no Facebook,
99% é autêntico. Somente uma pequena quantidade de notícias são falsas ou um
engano”, escreveu o criador da rede social no sábado. Pensar que “tenham
influído nas eleições de todo modo é uma ideia muito louca. Os eleitores tomam
decisões baseando-se nas experiências que vivem”.
Mas também reconheceu que nem sempre
sabem como aferir o que se promove em seus murais: “Não queremos mais notícias falsas no Facebook,
nossa meta é que tudo tenha sentido. E entre nossas responsabilidades está
evitar que as notícias falsas sejam difundidas. Isso me importa muito, mas nos
custa identificar ‘a verdade’. Enquanto algumas histórias falsas podem ser
desmascaradas facilmente, outras nem tanto. Sobretudo quando alguém não está de
acordo com um argumento e o tacha de falso, embora os fatos não o sejam. E
vice-versa. Estou certo de que a comunidade nos irá dizendo o que é que faz
sentido, e que nós mesmos tomemos consciência de nossa arbitrariedade”.
No entanto, o primeiro passo foi dado
na segunda-feira pelo Google ao anunciar que impedirá o uso de seu serviço
online de publicidade (AdSense) pelos sites que propagam notícias falsas,
segundo antecipou The New York Times. Horas depois, o
Facebook anunciava que não mostrará anúncios em sites que incluam conteúdos
enganosos. Isso levará a mudanças em sua ferramenta Audience Network, um
autosserviço de publicidade online que aceita ou rejeita a promoção de links em
poucos minutos. Daqui por diante vai identificar melhor os sites de conteúdo
ilegal, uma lista à qual serão acrescidas as páginas de fake news e os sistemas hoax (mensagens falsas em rede que são
reproduzidas em fóruns, redes e mensagem eletrônica).
“Atualizamos nossa política para
deixar claro que também [o sistema de veto] vai ser aplicado às notícias
falsas”, disse um porta-voz do Facebook em um comunicado. “Nossa equipe
continuará vigiando de perto os possíveis novos sites de falsidades e
monitorando os existentes para garantir o cumprimento” da nova normativa da
rede social.
“A partir de agora, vamos restringir
a publicação de anúncios em páginas cujo objetivo principal do editor e o do
proprietário do site seja tergiversar ou difundir informação falsa”, disse o
Google em uma nota. O AdSense, sua principal fonte de receita, utiliza uma
combinação de decisões humanas e ferramentas informáticas para decidir quais
conteúdos ou sites inclui no conjunto de páginas maliciosas, ilegais ou
mentirosas. Para o Google e o Facebook, as receitas de publicidade são a
principal fonte de lucro, o que lhes permite experimentar e criar outros tipos
de serviço, como a realidade virtual ou os drones que levam conexão de Internet
grátis aos lugares mais remotos do planeta. Se a plataforma de publicidade
fracassa, por diminuição do dinheiro que entra ou perda de confiança em sua
forma de promover os links, seu ciclo de inovação e expansão seria claramente
afetado. Via http://brasil.elpais.com/brasil/2016/11/15/tecnologia/1479201313_967124.html
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Marcos Imperial