JEFERSON MIOLA, Integrante do Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea), foi coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial DO 247.
A lista do Janot tem o
efeito de uma hecatombe para o governo golpista. A mega-denúncia de corrupção
oferecida pelo MP ao STF é aterradora.
Ela
implica, até este momento de divulgação parcial das informações,
personagens-chave do bloco golpista:
-
cinco ministros: Aloysio Nunes e Bruno Araújo, do PSDB; Eliseu Padilha e
Moreira Franco, do PMDB; e Gilberto Kassab, do PSD;
-
os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia/DEM; e do Senado, Eunício de
Oliveira/PMDB – primeiro e segundo da linha de sucessão do presidente
usurpador;
-
o líder do governo no Senado, Romero Jucá, presidente do PMDB e artífice da
"solução Michel", montada para derrubar a Presidente Dilma e
"estancar a sangria" da Lava Jato;
-
o presidente do PSDB Aécio Neves; espécie de Carlos Lacerda do século 21,
maestro da desestabilização política e do colapso econômico para derrubar a
Presidente Dilma; e
-
outros senadores da base do governo [José Serra, Edison Lobão, Renan
Calheiros], além de empresários e operadores da corrupção.
Ainda
estão pendentes de publicidade os inúmeros pedidos de abertura de investigações
de demais pessoas e políticos implicados, quando então deverão surgir os deputados
e novos ministros.
Michel
Temer, embora citado 45 vezes numa única delação da Odebrecht, não terá
processo aberto, porque a Constituição não autoriza a investigação de
presidentes por ilicitudes cometidas antes do exercício do mandato.
Janot
incluiu Dilma e Lula na lista – supõe-se que baseado nas convicções dos
procuradores de Curitiba, não em provas concretas e contundentes, como as
conhecidas da bandalha golpista.
A
crise política, moral e econômica, situada em níveis já bastante críticos, será
magnificada. O país poderá marchar para a depressão econômica em simultâneo com
uma imponderável confusão política.
A
eleição geral, neste contexto – para o Congresso e para a Presidência da
República – é a única possibilidade de se recompor a legitimidade do sistema
político para retirar o país do abismo.
Michel
Temer, já bastante debilitado pelos escândalos permanentes, pela recessão
recorde, desemprego brutal e derretimento do país, agora oscila entre a agonia
e a morte. A continuidade deste governo é um entrave para a superação da crise.
O
Brasil precisa, urgentemente, reatar-se com a democracia e restaurar o Estado
de Direito. Somente um governo eleito diretamente pelo povo terá legitimidade
para dirigir o esforço de reconstrução do país, devastado pelo golpe.
A
saída para o Brasil é uma só: fim do governo golpista e eleições diretas e
gerais já.
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Marcos Imperial