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"A matéria de Lauro Jardim, um dos muitos porta-vozes do oficialato governamental, não traz nenhum contraponto crítico. Nenhum especialista é consultado para falar da estupidez que é cortar gastos em educação. A Globo traz única e exclusivamente a opinião do governo, e faz uma comparação esdrúxula e cínica com o volume gasto em merenda escolar...", diz Miguel do Rosário, editor de O Cafezinho.
É o governo do desastre.
É um governo que parece empenhado em criar obstáculos para o acesso do jovem ao ensino superior.
Um governo que reduz o volume de financiamento estudantil (Fies), corta seu valor por aluno e deixa-o mais caro. Reduz investimentos nas universidades publicas. E agora acaba de enterrar o programa Ciência sem Fronteiras, que levava dezenas de milhares de jovens brasileiros a estudar lá fora.
A matéria de Lauro Jardim, um dos muitos porta-vozes do oficialato governamental, não traz nenhum contraponto crítico. Nenhum especialista é consultado para falar da estupidez que é cortar gastos em educação.
A Globo traz única e exclusivamente a opinião do governo, e faz uma comparação esdrúxula e cínica com o volume gasto em merenda escolar…
Como se o governo fosse usar o dinheiro economizado no Ciência sem Fronteiras em qualquer outra coisa relacionada à educação.
Uma comparação muito mais honesta seria falar dos juros. Segundo o Jurômetro da Fiesp, o Brasil já gastou este ano mais de R$ 100 bilhões com juros da dívida pública. Ou seja, apenas com o pagamento de alguns meses de juros, poderíamos levar mais de 1 milhão de jovens brasileiros para estudar no exterior, por dois, três, quatro anos, e ainda fazer uma revolução nas universidades públicas do país.
Tratar educação como “gasto” é muita ignorância. É preciso pensá-la como investimento e expor os cálculos do retorno que proporciona à economia brasileira!
Além do mais, a matéria da Globo, mesmo curta, é inchada de mentiras, ao dizer, mais uma vez apenas repetindo a palavra do governo, que os jovens “não sabiam inglês”. Uma reportagem da própria Globo, em 2015, mostrava que o programa tinha enviado mais de 70 mil jovens para as melhores universidades do mundo, instituições que, naturalmente, só aceitam jovens com proficiência em inglês e devidamente preparados.
Ora, se havia jovens com dificuldades para aprender inglês, o governo deveria ajudá-los, e não cortar o programa para todo mundo!
Havia até um PDF, com uma tabela de todos os jovens nessas universidades.
E os valores apresentados na matéria pela Globo também são confusos. O portal da Transparência, que Lula criou para exibir todos os gastos governamentais, mostra que o Ciências sem Fronteiras recebeu um aporte federal de R$ 5,3 bilhões em 2014. Ou seja, bem mais do que os R$ 3 bilhões que o governo Temer já achou muito para 2016 e decidiu cortar.
É incrível o desprezo desse governo pelos jovens. O governo parece ter prazer em destruir qualquer sonho que a juventude possa alimentar de um futuro melhor para si!
Não cria um programa novo, não oferece uma proposta. É apenas destruição e sempre com apoio da Globo!
A decisão de pôr fim ao Ciência sem Fronteiras foi uma das primeiras tomadas pelo governo. E assim que o anúncio foi feito, o Globo fez um editorial, elogiando, como mostra a imagem que abre esse post.
Não interessa às elites brasileiras que tenhamos uma juventude educada, sobretudo oriunda de classes humildes, com instrumentos intelectuais para lutar por um país menos desigual.
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No blog do Lauro Jardim (Globo)MEC acaba com o Ciências sem FronteirasPOR GUILHERME AMADO02/04/2017 06:00O governo decidiu enterrar de vez uma das estrelas do governo Dilma na Educação, o Ciência sem Fronteiras, que pagava cursos de graduação para estudantes no exterior.Mendonça Filho fez as contas e afirma que, com o montante gasto para mandar 30 mil estudantes para fora, seria possível pagar a merenda escolar para 40 milhões de alunos da educação básica.Em 2015, o programa consumiu cerca de R$ 3,2 bilhões, enviando alunos principalmente para universidades americanas e europeias.A avaliação do MEC é que o programa não trouxe resultados devido à deficiência em inglês dos brasileiros e à falta de diretrizes claras sobre que perfil de estudante deveria ser financiado.As bolsas de pós-graduação permanecerão como eram antes.
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Marcos Imperial